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Chapéu
Santander

Diretor de Marketing ataca trabalhadores e sindicatos

Linha fina
Em mais um claro ataque ao movimento sindical e aos trabalhadores, um diretor do Santander disse que alguns trabalhadores “querem ser mandados embora” para receber grandes indenizações
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Foto: Divulgação

O Santander mais uma vez adota a estratégia de atacar para tentar confundir e esconder a postura imprudente adotada pelo banco de convocar trabalhadores de volta ao expediente presencial em meio à pandemia.

Igor Puga, que responde pelo marketing do banco no Brasil, acusa o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região por estar “forçando a barra”, porque a entidade questionou a decisão irresponsável do Santander de promover o retorno ao trabalho presencial de bancários em meio à pandemia do coronavírus. Nesta quinta-feira 21, a entidade enviou uma carta ao banco repudiando a posição do executivo e cobrando explicações. 

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Segundo noticiou o jornal Folha de S. Paulo, Puga teria feito a crítica em um grupo de WhatsApp.  

 “A gente, ainda compulsoriamente, tem um histórico de muita gente que é ex-Banespa, ex-Banco Real, que infelizmente é oportunista neste aspecto, porque quer ser mandado embora, porque tem uma indenização enorme. Tanto que o sindicato está forçando a barra em relação a essa situação”, atacou o diretor de marketing, no último sábado 16, dizendo ainda que apenas uma “pequena parcela” de trabalhadores foi convocada a retornar ao trabalho presencial. 

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“A afirmação de que bancários oriundos do Banespa e do Banco real são oportunistas é descabida e preconceituosa. Os Banespianos e os oriundos do Real já mostraram sua ética e profissionalismo o que está  em falta  ao Sr Puga. É lamentável que o Santander tenha na sua direção alguém tão sem postura que  ataca de forma leviana  trabalhadores e Sindicato. A atitude do Sr. Puga é antissindical, pois contraria  a liberdade sindical que é defendida internacionalmente pela Organização Internacional do Trabalho - OIT - a Constituição Federal e ofende o Estado Democrático de Direito”, afirma Rita Berlofa, dirigente sindical e funcionária do Santander.

A posição do diretor e do banco espanhol no Brasil contrasta com o modo como a empresa agiu no seu país sede. Na Espanha, 80% dos trabalhadores em áreas administrativas e metade dos que trabalham em agências estavam trabalhado em home office. A situação só mudou quando os níveis de contaminação no país passaram a cair e as autoridades de saúde mudaram as diretrizes. Só então o banco, em comum acordo com os sindicatos, convocaram 10% da força de trabalho para retornarem ao expediente presencial, de forma planejada, gradual e com todas as medidas de prevenção e segurança. 

“No Brasil, trabalhadores e sindicatos foram pegos de surpresa com a informação de que 30% dos empregados teriam que retornar ao trabalho presencial na pior semana da pandemia, com o número de mortes e infectados crescendo assustadoramente na região metropolitana de São Paulo. Tudo isso sem negociação, sem transparência e sem saber quais medidas foram tomadas para garantir a saúde dos trabalhadores”, critica Rita Berlofa. 

Sindicato reage 

Desde o início da pandemia do coronavírus, o Sindicato procurou os bancos para negociar as condições de trabalho e a garantia de segurança e saúde para os funcionários. O Santander, entretanto, segue sem respeitar o devido processo negocial com a entidade que representa os trabalhadores e determinou, sem justificativa ou planejamento, o retorno de 30% dos funcionários, justificando que esta seria uma “decisão interna” do banco. 

“O Sindicato está analisando as medidas cabíveis contra essa declaração descabida, que demonstra preconceito contra os trabalhadores com mais tempo de casa e que tenta colocar os trabalhadores contra o Sindicato, o que tem sido uma postura frequente adotada pelo Santander”, diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva. "Vamos continuar cobrando que o Banco Santander trate com respeito os trabalhadores brasileiros".

Os documentos enviados pelo Sindicato ao banco podem ser lidos no final desta matéria.

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