Mesmo com a pandemia de coronavírus, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região mantém o serviço de atendimento jurídico especializado a mulheres vítimas de violência doméstica e de gênero. O agendamento no momento está sendo realizado via Central de Atendimento, por chat ou pelo telefone 4949-5998.
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A entidade oferece serviço jurídico especializado e atua em parceria com a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, atendendo as demandas jurídicas de bancárias e não bancárias em situação de violência doméstica e de gênero, contribuindo para a plena superação do contexto de violência.
Violência cresce com isolamento social
Com a pandemia de coronavírus em que as famílias ficam isoladas, cresce também os registros de agressões domésticas. Segundo levantamento realizado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), somente no primeiro mês de isolamento social, as prisões em flagrante cresceram 51,4% – um total de 268 em março, contra 177 em fevereiro.
Situação semelhante é a dos pedidos urgentes de proteção para a mulheres vítimas de violência. No período 2019-2020, houve aumento de 23,5% nessas medidas. E somente no primeiro mês de isolamento, o aumento foi de 29,2% – foram 1.934 medidas protetivas de urgência em fevereiro, contra 2.500 em março.
"A violência contra as mulheres ainda é uma triste realidade no país. E com esse período de isolamento e de incertezas, na qual a maioria está lidando com o desemprego e as dificuldades econômicas e emocionais, o agressor acaba atacando a pessoa mais vulnerável a ele em casa, e muitas vezes o alvo é a mulher. E isso não pode acontecer, temos de dar um basta nisso! Por isso, reforçamos que estamos com os atendimentos a essas vítimas, para acolher e direcionar o melhor caminho", afirma Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato.
O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Fukunaga, ressalta que o projeto "Basta de Violência" foi pensado dentro do contexto da entidade de prevenir, divulgar e ajudar a combater a violência contra as mulheres, uma obrigação de mudança cultural de toda a sociedade.
"O serviço contempla desde a parte de orientação jurídica, encaminhamento para a Rede e demais serviços necessários para que ela possa superar esta situação de violência até o ingresso de ações judiciais, tanto as penais quanto as cíveis (dissolução da relação conjugal, pensão, guarda etc.)”, enfatiza Fukunaga.
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