Por um erro cometido pela direção da Caixa no cálculo do pagamento do bônus da GDP, os empregados do banco público elegíveis receberam valores incorretos. A maioria recebeu valor inferior, o que foi corrigido após atuação do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Apcef/SP e outras entidades sindicais. Entretanto, alguns gerentes receberam um valor que, segundo a direção da Caixa, foi superior ao que deveria ser creditado. Agora, o banco está cobrando destes gerentes o acerto, de forma parcelada, a ser iniciado na folha salarial de junho.
“É um absurdo que a direção da Caixa, por alegado erro de cálculo do próprio banco, cobre valores já creditados aos empregados. É inadmissível que os empregados paguem por um erro que não compete a eles, e sim à gestão de Pedro Guimarães, que já chegou a falar com orgulho que a Caixa seria o ‘banco da matemática’”
Tamara Siqueira, dirigente do Sindicato e empregada da Caixa
“Não bastasse os empregados serem submetidos a uma sobrecarga de trabalho absurda, agências superlotadas, quadro insuficiente de funcionários, ameaças de descomissionamento, assédio e mensuração de desempenho que não é clara e muda no meio do caminho, agora terão de pagar do próprio bolso por erros da direção do banco, que diz que o desempenho foi bom e depois muda de avaliação. É mais uma conta que não fecha, o que leva os trabalhadores ao adoecimento”, acrescenta.
O Sindicato, através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), buscará o banco para negociar os problemas relacionados ao cálculo do GDP e cobrar que os empregados não paguem por um erro da gestão de Pedro Guimarães.
“É importante frisar que o bônus e a GDP não são negociados com o movimento sindical, ao contrário do que ocorre com a PLR e a PLR Social, programas negociados com a representação dos trabalhadores, os quais defendemos que sejam cada vez mais fortalecidos. Como a GDP se trata de iniciativa unilateral da Caixa, em caso de erros nossa atuação é mais limitada. Ainda assim, buscaremos negociar com o banco e avaliaremos todas as medidas cabíveis para que os empregados não sejam penalizados por um erro da direção do banco”, conclui Tamara.