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Com demissão em massa na Zup, Itaú escancara sua "cultura" de gestão

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Imagem de um trabalhador angustiado na frente do laptop

A startup mineira Zup Innovation, que possui 51% do capital controlado pelo Itaú, realizou um corte de funcionários na última terça-feira, 9 de maio. Apesar do número exato de demissões não ter sido divulgado, relatos no LinkedIn dão conta de que os cortes podem ter atingido cerca de 160 trabalhadores. 

Comprada pelo Itaú em novembro de 2019 por R$ 575 milhões, a Zup desenvolve soluções tecnológicas para integração de sistemas corporativos. O objetivo da aquisição da startup foi acelerar o desenvolvimento digital do Itaú e oferecer novas funcionalidades e produtos digitais aos clientes. 

"Pouco mais de três anos depois de adquirir a Zup, o Itaú já escancarou na startup qual a sua cultura de gestão: extrair o máximo possível do mínimo de pessoas, demitindo trabalhadores e sobrecarregando os que ficam, o que acaba levando ao adoecimento físico e mental da equipe"

Edegar Faria, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e bancário do Itaú

"O Sindicato reafirma que sempre será contrário a qualquer demissão em massa e se solidariza com os trabalhadores. Cobramos do banco uma posição a respeito do caso e aguardamos o retorno. Em outras ocasiões, já cobramos o Itaú a respeito dos direitos destes trabalhadores, que por sua vez não quis negociar alegando que não faz parte da gestão. Não é justo que o Itaú não se responsabilize, uma vez que é o maior acionista da Zup. O maior banco privado do país tem condições de reaproveitar talentos e realocar as pessoas, mas prefere seguir por um caminho aparentemente mais fácil, demitindo e adoecendo trabalhadores", conclui o dirigente.  

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