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Bank of China: Denúncias de assédio moral em meio a demissões e impasse na renovação do PPR

Imagem Destaque
Arte em desenho composta de uma cena de assédio moral em um loca de trabalho (um homem em pé grita com outro sentado em uma mesa). O logo do bank of china aparece no canto superior direito

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo está recebendo muitas denúncias de assédio moral no Banco da China (Bank of China) e no CCB (China Construction Bank). Os relatos são dos trabalhadores das instituições chinesas, que estão em processo de fusão.

Ao mesmo tempo, houve uma demissão em massa no braço financiário do CCB. Mais de 40 perderam o emprego. Para completar, os bancos vêm se recusando a assinar a renovação do acordo de PPR, e não aceitam ratificar outros acordos coletivos de trabalho.

Demissão em massa

As instituições estão passando por um processo de fusão iniciado em agosto de 2023, quando o Bank of China (BoC) virou acionista do CCB. Em janeiro de 2024, o BoC anunciou o controle acionário do CCB, o que gerou preocupações de trabalhadores e do Sindicato quanto a demissões.

Em reunião com o Sindicato realizada em junho de 2024, um representante do CCB havia garantido que a união das duas instituições não resultaria em demissões em massa. o banco descumpriu com o que foi dito na mesa após demitir dezenas da financeira do CCB.

Assédio moral

Muitas denúncias apontam a prática de assédio moral generalizada nas instituições chinesas. Uma delas envolveu caso de agressão – uma gestora vinda da matriz deu um tapa na mão de um profissional que usava um telefone no momento. A cena foi testemunhada por diversos colegas.

Empregados também relataram ao Sindicato demissões e perseguição após denúncias feitas por meio do canal interno de compliance do banco.

Cabe orientar que o Canal de Denúncias do Sindicato é o meio mais seguro e confiável para a resolução de conflitos no local de trabalho. O instrumento garante o sigilo absoluto do denunciante e dos seus dados, o acompanhamento da denúncia, e a apuração e o retorno efetivo do seu caso.

Acesse aqui o Canal de Denúncias e veja, no final deste texto, todos os meios de entrar em contado com o Sindicato.

CCV e homologação

O banco se recusou a abrir negociação para a construção de acordos de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), e para que as homologação sejam feitas no Sindicato. Esta postura indica que a direção do BoC/CCB não tem a intenção de permitir que a entidade representativa dos trabalhadores fiscalize o correto pagamento das verbas rescisórias.

A CCV é um fórum extrajudicial que reúne trabalhador com algum questionamento trabalhista ou de natureza indenizatória trabalhista, e representantes do Sindicato e do banco. Ao se recusar a assinar um acordo de CCV, o Boc/CCB indica que prefere apostar na judicialização de conflitos trabalhistas – uma via sempre mais custosa, demorada e incerta.

Acordo de PPR

A direção do Bank of China está dificultando a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho que assegura a PPR aos funcionários.

A empresa não aceita os termos propostos pelo Sindicato – os mesmos aceitos por todos os outros bancos de mesmo porte com os quais a entidade mantém acordos.

O texto que o BoC enviou como proposta não representa avanços para os trabalhadores, e o Sindicato não aceitará acordo sem condições mínimas.

Gestão de pessoas

Muitas relatos apontam problemas na gestão do banco quanto à falta de transparência na ascensão profissional, no plano de cargos e salários e nas notas de avaliação – segundo as denúncias, as decisões sobre esses pontos são tomadas com base em critérios subjetivos, ou não há regras claras e definidas.

Dificuldades e conflitos no local de trabalho

Além disso, há queixas segundo as quais os gestores chineses têm dificuldade de estabelecer uma relação de proximidade com os funcionários nacionais. Os brasileiros ficam segregados dos gestores transferidos da matriz. Há ainda relatos sobre excesso de controle e de “hipervigilâcia”, além dos casos de assédio moral já citados acima.

Sindicato quer negociação séria

Em reuniões realizadas com o Sindicato em 2024, representantes do banco sinalizaram a intenção de negociar acordos que visam reduzir conflitos nas relações de trabalho, o que não vem se traduzindo na prática.

Sobre o acordo de PPR, o Sindicato tenta negociar sua renovação desde 2024, e até agora o banco vem dificultando este objetivo, por meio da imposição de regras que poderiam rebaixar a remuneração recebida pelos empregados.

O Sindicato visitou na última quinta-feira 15 o CCB para conversar com os trabalhadores sobre os temas citados neste texto. É importante que os empregados continuem relatando à entidade problemas no local de trabalho (veja no final deste texto os canais).

Na sexta-feira 16, o banco sinalizou a intenção de agendar uma reunião ainda esta semana.

“Aguardamos do banco uma data para retomar as negociações a fim de solucionar esses conflitos tanto na relação trabalhista como na relação sindical. O Sindicato é o representante legítimo dos trabalhadores e acredita na negociação para a resolução de conflitos, porém não hesitaremos em procurar outras vias para que os trabalhadores sejam respeitados e valorizados”, afirma Diego Carvalho, diretor do Sindicato.

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