
A Caixa informou ao movimento sindical que irá prorrogar, para o dia 30 de maio, a definição sobre a implementação de mudanças no programa Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado (Teia), criado para levar a Caixa à transformação digital. A decisão foi tomada após a intervenção da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), que assessora o Sindicato e o Comando Nacional dos Bancários nas negociações com o banco.
"A interferência das entidades que representam os trabalhadores foi fundamental para suspender as mudanças que não haviam sido debatidas. Esperamos que agora o processo ocorra de forma mais tranquila e transparente. Qualquer mudança que mexa com a vida dos trabalhadores deve sempre ser debatida com os representantes dos empregados", afirma Luiza Hansen, diretora do Sindicato e bancária da Caixa.
Rafael de Castro, dirigente sindical e membro da CEE/Caixa, ressalta a necessidade do programa, apesar de críticas. “Quando a Caixa o implementou, não falou com a gente. Agora, queria fazer mudanças, novamente sem falar conosco. E temos diversas sugestões a apresentar, que nos são trazidas por quem está no dia a dia dos trabalhos deste projeto. Por isso, insistimos na necessidade de a gente fazer parte deste processo de discussão prévia à implementação das mudanças”, completou.
O banco já havia se comprometido a adiar o início da implementação do programa, sem, no entanto, informar até quando. Agora a definição é que estará prorrogado até, pelo menos, 30 de maio.
Os vice-presidentes de Varejo e de Pessoas da Caixa, Adriano Assis Matias e Francisco Egidio Pelúcio Martins, respectivamente, também haviam assumido que não haverá retaliações com quem optar por voltar para as unidades de origem.
A representação dos empregados cobrou que não apenas os gestores, mas o banco também se comprometesse com a não retaliação. “É importante que os gestores tenham assumido esse compromisso, mas amanhã eles podem não estar mais no banco. É preciso que a Caixa assuma de forma clara essa decisão”, cobrou o coordenador da CEE na reunião realizada com os dirigentes da Caixa.
Transparência
Rafael enfatizou que o banco precisa informar com transparência e clareza os objetivos e e a evolução do programa para todo o banco. “Todos precisam enxergar o que é esse programa, o que as pessoas que foram destacadas para cumprir as tarefas realizam, em que pé estão os processos e os projetos. Isso vai ajudar que todos tenham a clareza da real necessidade e vai impedir, inclusive, de aqueles que voltarem para suas unidades sejam retaliados por quem teve que assumir as tarefas de quem ficou esse tempo destacado”, cobrou o dirigente.
