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Mais política e menos carnaval na Parada LGBT

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Sindicato participou da 17ª edição do evento na luta contra a homofobia e reforçou o foco político da mobilização que reuniu cerca de 3 milhões de pessoas na Avenida Paulista
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São Paulo – Festa e luta marcaram o fim de semana de cidadãos que se preocupam com o combate à intolerância contra lésbicas, gays bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Cerca de 3 milhões de pessoas participaram da 17ª edição da Parada do Orgulho LGBT no domingo 2, em São Paulo. O tema deste ano foi "Para o Armário Nunca Mais! União e Conscientização na Luta contra a Homofobia".

> Vídeo: matéria especial da parada

O evento, realizado tradicionalmente na Avenida Paulista, teve esse ano o cunho político ainda mais forte. “A parada não é um carnaval fora de época. Mas sim o maior movimento de visibilidade massiva de uma parcela da comunidade que sofre diariamente preconceito e discriminação, violência, ódio e intolerância”, disse Fernando Quaresma, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT).

São Paulo foi o primeiro estado brasileiro a criminalizar a homofobia, com a Lei 10.948, de 2001, que pune com multa ou até cassação de licença estabelecimentos comerciais, organizações sociais, empresas públicas e funcionários públicos por discriminação homofóbica. O Sindicato apoia a luta contra o preconceito LGBT há décadas e marcou presença no evento deste ano, assim como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). “Nosso Sindicato também cumpre um papel cidadão, além de defender a categoria bancária. É importante, portanto, defender qualquer tipo de minoria e estar à frente na luta pelo combate à discriminação, à homofobia”, destacou o dirigente e representante dos bancários de São Paulo, Osasco e região no Coletivo Estadual LGBT da CUT, Maikon Azzi.

Âmbito político - Quaresma criticou o Congresso Nacional ao dizer que “o Poder Legislativo tem sido omisso no cumprimento de seu papel de fazer lei e garantir o fim da injustiça social”. Segundo ele, nos últimos 20 anos, mais de 3 mil pessoas morreram no país vítimas da intolerância social.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ressaltou os três eixos principais da luta pelos direitos LGBT tramitando no Congresso. O primeiro é o do direito ao casamento igualitário que, apesar de ter sido discutido e garantido pelo Supremo Tribunal Federal, ainda precisa, segundo ele, estar previsto em lei. O segundo ponto é sobre a lei de identidade de gênero, que prevê, entre outras coisas, o nome social para as travestis e transexuais, e o último, o da aprovação do Projeto de Lei Complementar que criminaliza a homofobia, mais conhecida como PLC 122.


Redação, com informações da Agência Brasil - 3/6/2013

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