São Paulo – O 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) definiu a pauta de reivindicações específicas a ser negociada com a direção do banco público na Campanha 2014. O Congresso reuniu 360 delegados e ocorreu de 6 a 8 de junho, em São Paulo.
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Os delegados do 30º Conecef reafirmaram a estratégia de campanha nacional unificada da categoria, bem como aprovaram o apoio à reeleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República. “Relembrando a história, os empregados sabem muito bem quais são os resultados do projeto de Estado mínimo, consequência do neoliberalismo”, ressalta o dirigente sindical Dionísio Reis. “A continuidade do projeto democrático e popular se mostra como único meio de defendermos nossos direitos e a ampliação do papel social do banco.”
Mais contratações – No congresso foi decidida a intensificação da luta por novas contratações para que a empresa totalize 130 mil empregados para melhorar as condições de trabalho.
Outra prioridade será a luta pelo fim do trabalho gratuito, com jornada de 6h para todas as funções sem redução salarial e a extinção do registro de horas negativas no Sistema de Ponto Eletrônico.
Será reivindicada criação de comitê de acompanhamento do Processo Seletivo Interno (PSI) com participação dos empregados. Além disso, haverá a exigência da concessão de delta a cada dois anos pelo período em que não houve promoção por mérito nos planos de cargos e salários de 1989 e 1998.
Outra deliberação é a realização de encontro nacional específico sobre isonomia – entre empregados novos e antigos – para ampliar a luta pela extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos.
Haverá ainda o fortalecimento da luta pelo respeito à jornada de trabalho, no combate ao assédio moral e às metas abusivas.
Saúde Caixa – Foram deliberadas a necessidade de ampliação dos serviços do Saúde Caixa e a melhoria da rede credenciada, assim como a criação de programa de fornecimento de medicamentos com preços diferenciados.
A destinação do superávit do Saúde Caixa para ampliação da cobertura de atendimento e da rede credenciada do plano também faz parte das propostas.
Funcef – A exigência de mais democracia na gestão da Funcef, sobretudo no que diz respeito ao fim do voto de Minerva, também será feita pelos bancários. Será dada ênfase à luta contra o uso desse instrumento, bem como à mudança na legislação que resulte em sua extinção.
Entre outras decisões para o fundo de pensão destacam-se: a conclusão do processo de incorporação do REB pelo Novo Plano e o fim das discriminações aos participantes do REG/Replan não-saldado.
Foi aprovada a luta pelo reconhecimento por parte da Caixa do Complemento Temporário Variável de Ajustes de Mercados (CTVA) como verba salarial para fins de aporte à Funcef.
Segurança – Para melhorar a proteção aos trabalhadores está a retomada do modelo de agência segura pela Caixa, instalação de portas com detector de metais nas unidades, divisórias entre os caixas, proibição de transporte de valores por bancários e fim do atendimento de empregados no espaço dos caixas eletrônicos. Além disso, que a empresa cumpra o plano de segurança aprovado pela Polícia Federal.
Organização – Para a organização do movimento, um dos principais destaques é a manutenção do atual modelo para definir delegados ao Conecef. Além disso, foi aprovada a meta de 50% de participação das mulheres no próximo congresso.
Moções – Foram aprovadas moções de apoio à plataforma da Classe Trabalhadora: fim do fator previdenciário, contra a privatização do patrimônio público, o fim da terceirização, a defesa da Caixa como banco público, a reforma agrária, mais verbas para educação, saúde e transporte público entre outras.
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Redação, com informações da Contraf-CUT – 9/6/2014
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Conjunto de reivindicações visa melhorar condições de trabalho e valorizar os empregados da Caixa. Delegados também afirmam apoio à reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República
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