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São Paulo – Orientação sexual, identidade de gênero e o combate ao preconceito foram o foco da discussão promovida pelo Sindicato. Em palestra na sexta-feira 19, a psicóloga, mestre em Políticas Sociais e doutora em Saúde Pública, Clara Cavalcante, falou da pluralidade da sexualidade humana para auxiliar na reflexão do tema no âmbito sindical e social.
> Vídeo: assista matéria especial do seminário
“Este é um assunto muito importante para nós, todos temos que aprender ainda e por isso realizamos esse encontro e trazemos pessoas como a Clara”, ressaltou Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato. Encontro sobre o tema é realizado todos os anos pelo Sindicato, além da promoção de diversas ações contra a discriminação.
> Dia lembra que respeito e direitos são para todos
Lembrando sua formação de psicóloga, Clara recordou que a homossexualidade foi considerada crime em quase todos os países até meados do século XX, mas mesmo com sua descriminalização continuou por muito tempo sendo tratada como uma doença da mente. “Graças aos avanços ela saiu da lista da Classificação Internacional de Doenças (CID) nos anos 1990, mas a transexualidade não”, apontou.
Ponto de grande confusão, a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual é, segundo a palestrante, essencial para o combate à discriminação. “O transexual buscar viver com o gênero com o qual se identifica”, reforçou ao explicar que gênero é se identificar como homem ou mulher, enquanto a orientação sexual diz respeito apenas ao desejo sexual e amoroso da pessoa, podendo ela ser gay, lésbica, bissexual entre outras.
Para Clara, outro ponto que deve ser levado em consideração são as características sociais como etnia e classe social, que devem ser incluídas na avaliação dos fatores que levam ao preconceito e à violência. “Nós sempre tentamos padronizar os comportamentos, o bissexual sofre ataques dos dois lados, mas as resistências sociais são maiores ao longo da vida para os transexuais”, comentou.
E no mercado de trabalho essa discriminação se expressa já na seleção de candidatos para as vagas de emprego. “Os grande RHs (setor de recursos humanos) cometem um verdadeiro crime à pessoa humana e muitas vezes concordamos com essa conduta da empresa quando damos risadinha se um colega é chamado de ‘viado”, criticou. Clara também lembrou a falta não só de homossexuais em cargos de gerência e direção nos bancos como a de transexuais. “Pode contar quantos estão nesses cargos, é nessa hora que vemos a oportunidade social que existe”, reforçou ao falar o motivo pelo qual muitas transexuais acabam tendo que recorrer à prostituição. “O problema é fazer de conta que não é conosco, temos que nos posicionar, temos que olhar por uma perspectiva politizada”, concluiu.
Luana Arrais – 19/6/2015
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“Este é um assunto muito importante para nós, todos temos que aprender ainda e por isso realizamos esse encontro e trazemos pessoas como a Clara”, ressaltou Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato. Encontro sobre o tema é realizado todos os anos pelo Sindicato, além da promoção de diversas ações contra a discriminação.
> Dia lembra que respeito e direitos são para todos
Lembrando sua formação de psicóloga, Clara recordou que a homossexualidade foi considerada crime em quase todos os países até meados do século XX, mas mesmo com sua descriminalização continuou por muito tempo sendo tratada como uma doença da mente. “Graças aos avanços ela saiu da lista da Classificação Internacional de Doenças (CID) nos anos 1990, mas a transexualidade não”, apontou.
Ponto de grande confusão, a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual é, segundo a palestrante, essencial para o combate à discriminação. “O transexual buscar viver com o gênero com o qual se identifica”, reforçou ao explicar que gênero é se identificar como homem ou mulher, enquanto a orientação sexual diz respeito apenas ao desejo sexual e amoroso da pessoa, podendo ela ser gay, lésbica, bissexual entre outras.
Para Clara, outro ponto que deve ser levado em consideração são as características sociais como etnia e classe social, que devem ser incluídas na avaliação dos fatores que levam ao preconceito e à violência. “Nós sempre tentamos padronizar os comportamentos, o bissexual sofre ataques dos dois lados, mas as resistências sociais são maiores ao longo da vida para os transexuais”, comentou.
E no mercado de trabalho essa discriminação se expressa já na seleção de candidatos para as vagas de emprego. “Os grande RHs (setor de recursos humanos) cometem um verdadeiro crime à pessoa humana e muitas vezes concordamos com essa conduta da empresa quando damos risadinha se um colega é chamado de ‘viado”, criticou. Clara também lembrou a falta não só de homossexuais em cargos de gerência e direção nos bancos como a de transexuais. “Pode contar quantos estão nesses cargos, é nessa hora que vemos a oportunidade social que existe”, reforçou ao falar o motivo pelo qual muitas transexuais acabam tendo que recorrer à prostituição. “O problema é fazer de conta que não é conosco, temos que nos posicionar, temos que olhar por uma perspectiva politizada”, concluiu.
Luana Arrais – 19/6/2015