Pular para o conteúdo principal
Chapéu
#GrevePorDireitos

Paralisações e manifestações em várias regiões do país

Linha fina
Estradas e avenidas estão bloqueadas em várias capitais e na região metropolitana de São Paulo. Na capital paulista e no Rio houve mobilização também nos aeroportos. Cidades do interior e litoral de diversos estados também registraram luta contra reforma trabalhista e da Previdência
Imagem Destaque
Foto: Coletivo Greve por Direitos

São Paulo – O dia de greve geral contra os demontes das reformas trabalhista e da Previdência registrou paralisações, atos e mobilizações por todo o país. Também exigindo a saída de Temer e diretas já, diversas categorias cruzaram os braços e manifestantes fecharam ruas, avenidas e estradas em todos os estados.

O movimento, convocado pelas centrais sindicais, Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, teve adesão dos bancários em diveras localidades, inclusive de São Paulo, Osasco e região. No final do dia um ato na capital paulista foi realizado, na Avenida Paulista.

Em São Paulo, manifestantes interditaram vias e rodovias, como Anchieta e Régis Bittencourt, na capital. No centro houve bloqueio na Avenida São João e a Polícia Militar jogou bombas de gás contra os manifestantes.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo bloquearam acessos aos aeroportos de Congonhas, na Avenida 23 de Maio. Também ocuparam o saguão do aeroporto (foto abaixo), no início da manhã. Mobilização semelhante ocorreu no aeroporto internacional de Guarulhos, cidade da Grande São Paulo. "O grito hoje, país afora, é por nenhum direito a menos. Não vamos aceitar que façam essa reforma trabalhista. Não vamos engolir que destruam as aposentadorias com a reforma da Previdência. Mais do que isso: é fora, Temer! Esse governo tem que sair. Nunca teve legitimidade e, agora, perdeu condição de continuar à frente do país", afirmou Guilherme Boulos, coordenador do MTST, em Congonhas.  

Além da capital, houve mobilização e bloqueios de vias e estradas em Santos e São Vicente, inclusive com paralisação dos trabalhadores do Porto de Santos, que ficaram de braços cruzados por 48 horas.

Em Ribeirão Preto houve atos em frente à prefeitura, na entrada do campus da USP e em um trecho da Rodovia Anhanguera. Na região de Campinas e Jundiaí, bloqueio de vias e a Rodovia Santos Dumont foi interditada. Petroleiros da Replan, em Paulínia, iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Em Sorocaba, transportes urbano, intermunicipal, rodoviário e de fretamento estavam 100% parados. Em São Carlos, estudantes e trabalhadores fizeram passeata na principal avenida da cidade. Em Itapetininga, serviços de transporte urbano, intermunicipal, rodoviário, fretamento e cargas também pararam. Em Limeira houve paralisação do transporte público. No Vale do Paraíba, manifestantes bloquearam a Rodovia Presidente Dutra e a entrada de fábricas na região de Pindamonhangaba. Em Bauru, manifestantes fizeram uma passeata pela Avenida Rodrigues Alves até a Nações Unidas. Também houve atos em Marília, Tupã, Assis e São José do Rio Preto.

No Rio de Janeiro, manifestantes pararam a Linha Vermelha no sentido centro, barcas, Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil, na altura da Penha, sentido centro, e acesso ao aeroporto Tom Jobim (Galeão). Houve uma manifestação no saguão do aeroporto Santos Dumont.

A associação de Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) fez um ato na Rua Pinheiro Machado, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual.

Os trabalhadores das principais refinarias do Sistema Petrobras estão em greve desde o final da noite de quinta 29. Os petroleiros que substituiriam às 23h o grupo do turno das 15h não entraram para trabalhar. Os ônibus que transportam os trabalhadores chegaram vazios às unidades, onde a adesão ao movimento é de mais de 100%. Parte das equipes que deveriam trocar o turno nas refinarias não saiu para assegurar uma contingência de segurança.

Das 10 refinarias que aprovaram a greve por tempo indeterminado – também em defesa da Petrobras e contra o desmonte da estatal sob a gestão de Pedro Parente –, nove estão sem trocas nos turnos de revezamento: Repar (PR), Usina de Xisto (Six/PR), Replan (Paulínia/SP), Recap (SP), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Regap (MG), Rlam (BA), Abreu e Lima (PE) e Reman (AM). Na Refap (RS), onde os trabalhadores já haviam feito uma greve ao longo desta última semana, a paralisação será retomada na manhã desta sexta, quando as demais bases da FUP se somarão ao movimento.

Ainda no estado, em Angra dos Reis houve interrupção do tráfego na Rodovia Rio-Santos, bem como nas BR-356 e BR-101, em Campos dos Goytacazes. Em Macaé, petroleiros ocuparam a Ponte da Barra por cerca de 50 minutos e foram para a Praça Veríssimo de Mello, no Centro.

No Distrito Federal, metroviários, rodoviários, professores e bancários estão entre as categorias que cruzarão os braços durante 24 horas. Como não haverá transporte coletivo, muitas manifestações ocorrem espalhadas pelas cidades-satélite. Nas primeiras horas, um bloqueio interrompeu o tráfego pela BR-020, sentido Plano Piloto, na altura de Mestre D’Armas, em Planaltina. Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.

Em Minas, o funcionamento do metrô ficou prejudicado e foram realizados bloqueios em avenidas na Grande Belo Horizonte. Houve bloqueio na na Avenida Cristiano Machado, no bairro Palmares, e na Avenida Padre Pedro Pinto, em frente à Estação Venda Nova, ambas em Belo Horizonte, e na Avenida Cardeal Eugênio Pacelli, localizada em Contagem, município da Grande BH, onde também houve bloqueio na Rodovia Fernão Dias, no sentido capital.

No Triângulo Mineiro, os manifestantes aproveitaram a presença no ministro da Saúde, Ricardo Barros, para protestar. Em Uberlândia, servidores públicos aderiram e, em Uberaba, foi realizada uma manifestação.

No norte de Minas, houve ato em Montes Claros, com bloqueio da Avenida João XXIII. Foram registrados, ainda, atos em Divinópolis, Juiz de Fora e Itajubá.

Na Bahia, rodoviários pararam os ônibus em fila na Avenida ACM, em Salvador. Um grupo de manifestantes fechou todas as vias da região, que só começaram a ser liberadas às 10h45. A estação de trens do Subúrbio de Salvador não abriu e não houve circulação dos veículos ferroviários. Na Avenida Sete, centro de Salvador, outro protesto bloqueava o trânsito. A mobilização é feita por comerciários e bancários.

Na região metropolitana de Salvador, manifestantes bloquearam o cruzamento da região de Mataripe, em Madre de Deus. Também houve fechamento de vias no Polo de Camaçari e na entrada de Lauro de Freitas, na Estrada do Coco. Três trechos da BR-101, em Itagimirim, Itabela e Teixeira de Freitas, ficaram bloqueados.

Em Pernambuco, trabalhadores de transportes coletivos decidiram entrar em greve também em Recife. A categoria emenda o dia de lutas com a campanha salarial e deve permanecer paralisada por tempo indeterminado. Na área central da capital, houve bloqueios em avenidas, como na Cruz Cabugá. O Metrô fica sem circular durante parte do dia e o BRT do Corredor Norte-Sul foi paralisado.

No estado, foram bloqueadas as BRs 101 Norte e Sul, em Recife, a BR-232, em Bonança, a BR-428, em Paudalho, e a BR-428, em Petrolina. No Agreste, manifestantes do MST fecharam um trecho da BR-232 em São Caetano. No Sertão, houve um protesto na Praça do Bambuzinho, no Centro de Petrolina.

No Acre, o ato começou em frente ao Palácio Rio Branco, no centro da capital, e seguiu da Praça Rio Branco até a Avenida Frei Serafim.

Em Alagoas, os rodoviários paralisam as atividades pela manhã, bem como servidores da Eletrobras e da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). Houve manifestação logo pela manhã, com o fechamento dos dois sentidos da Avenida Fernandes Lima, em Maceió. Também houve bloqueio na Avenida Assis Chateaubriand, no Pontal da Barra, e na BR-101, em Rio Largo. 

No Amapá, os condutores fizeram uma paralisação entre 6h e 8h da manhã. Outras categorias, como bancários, servidores públicos em educação, servidores públicos federais civis e serventuários da Justiça, também aderiram. Houve fechamento da Rodovia Duca Serra e também ato no centro de Macapá entre as 8h e 11h30.

No Amazonas foi realizada passeata no centro de Manaus pelas avenidas Ferreira Pena, Leonardo Malcher, Epaminondas e 7 de Setembro.

No Ceará protestos fecharam vias de Fortaleza, como nas Avenidas 13 de Maio, da Universidade, Visconde do Rio Branco, Imperador e Domingos Olímpio. Servidores do Sindicato de Trabalhadores Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro) pararam cerca de 15 ônibus. Bancários também aderiram à paralisação.

No Espírito Santo houve bloqueio de via em frente à Rodoviária de Vitória, apesar da repressão da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral. O grupo seguiu em passeata pela cidade, até a região do aeroporto. No campus Goiabeiras da Ufes, estudantes, docentes e técnicos-administrativos impediram a entrada de carros e de alunos.

Em Goiás houve bloqueio da saída de ônibus de uma garagem em Goiânia, além de protestos no centro da capital, por onde não passam ônibus.

No Maranhão, o Porto do Itaqui, em São Luís, teve acesso bloqueado. Bancários, professores da rede pública estadual, vigilantes, petroleiros, motoristas e cobradores de ônibus e metalúrgicos aderiram à paralisação.

No Mato Grosso, integrantes do MST bloquearam dois trechos da BR-364, nas cidades de Jaciara e Jangada. Também foram registradas vias fechadas em Tangará da Serra e Barra do Garças, onde foi realizada uma passeata pela Avenida Ministro João Alberto. Professores e servidores das redes estadual e municipal aderiram em peso à paralisação. 

No Mato Grosso do Sul houve protestos no centro de Campo Grande com milhares de pessoas e o fechamento de dois trechos da BR-262 e um da BR-158, em Três Lagoas.

No Pará, os rodoviários cruzaram os braços e fizeram protestos na região metropolitana de Belém.

Na Paraíba, ruas e rodovias foram fechadas, bem como o Terminal de Integração e o terminal de ônibus do Varadouro. Houve ocupação do entorno do Parque da Lagoa, no Centro. A rodovia BR-101 foi interditada perto de João Pessoa. Em Campina Grande, a maior empresa de transporte coletivo da cidade teve fechada a saída dos ônibus da garagem.

No Paraná foram realizados protestos em Curitiba e cidades do interior por metalúrgicos e funcionários da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). Houve interdição total da BR-476. Em Ponta Grossa, os ônibus do transporte coletivo ficaram nas garagens no início da manhã. Em Londrina, os acessos ao Terminal Central foram bloqueados.

No Piauí houve paralisação de mais de 70% de motoristas e cobradores do transporte público de Teresina, além de bloqueios das principais vias no centro da capital

No Rio Grande do Norte, Natal amanheceu sem ônibus e houve bloqueios em cinco municípios: além de Natal, Ceará-Mirim, Maxaranguape, João Câmara e Mossoró. Professores de escolas municipais da capital, bancários, policiais civis e trabalhadores da saúde aderiram à paralisação.

No Rio Grande do Sul, protestos bloquearam garagens de ônibus e rodovias, além de ruas e avenidas de Porto Alegre. O serviço de trens entre Porto Alegre e Novo Hamburgo foi interrompido. Em Sarandi, no norte do estado, houve interdição da BR-386. Professores de escolas estaduais e municipais, bancários e parte dos servidores da Justiça aderiram.

Em Rondônia, mais de 30 categorias paralisaram as atividades. Em Porto Velho, o movimento se reuniu na Praça das Três Caixas d’Água e saiu em passeata pelas avenidas Carlos Gomes, Farquar, Sete de Setembro e Marechal Deodoro. Escolas e bancos suspenderam as atividades.

Em Roraima, as avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, trecho urbano da BR-174, em Boa Vista, foram bloqueadas.
Professores da capital, bancários e trabalhadores da saúde aderiram à paralisação.

Em Santa Catarina, pelo menos três rodovias registraram bloqueios. Na Grande Florianópolis, os ônibus ficaram nas garagens pela manhã e parte da tarde. Houve paralisação na BR-282, com repressão da polícia usando bombas contra os manifestantes. Duas pessoas ficaram feridas.

Em Navegantes, a BR-470 foi totalmente bloqueada, bem como a BR-101. Houve registros também em Chapecó e Araranguá.

No Sergipe houve interdição da BR-101. Em Aracaju, ônibus não circularam e houve atos na ponte do Conjunto João Alves Filho, município de Nossa Senhora do Socorro, que faz divisa com a capital. Na Rodovia Marechal Rondon houve mobilização em frente à garagem de uma empresa de ônibus, no município de São Cristóvão (SE). Bancários, professores, trabalhadores da saúde e servidores da Justiça aderiram à paralisação.

No Tocantins, manifestantes percorrem a avenida Juscelino Kubitschek, em Palmas, em direção ao Palácio Araguaia, na praça dos Girassóis.

seja socio