São Paulo - Um governo cercado por denúncias de corrupção e sem qualquer apoio dos brasileiros, um Congresso Nacional sob suspeita, uma Justiça injusta. É diante desse quadro de caos no qual avançam “reformas” que retiram direitos dos trabalhadores, que milhares tomaram as ruas do país em protesto, como os do último fim de semana em São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Recife.
Relatório na CAS - Na terça-feira 13, foi lido, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o parecer do relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a "reforma" trabalhista (PLC 38), totalmente favorável à proposta de Michel Temer que altera cerca de 100 artigos para destruir a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). De acordo com a celeridade exigida por governo, bancos e grandes empresários,Ferraço rejeitou todas as emendas que haviam sido apresentadas ao texto, evitando assim mudanças que levariam o projeto de volta para a Câmara dos Deputados.
O PLC 38 deve ser votado na CAS no dia 20 e no dia 28 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, para então ir a plenário.
Mobilização - Por isso, no mesmo dia 20, movimentos sindical e social farão um dia nacional de protestos contra o desmonte trabalhista e da Previdência, e pela saída de Temer da Presidência da República. Será um esquenta para a greve geral, convocada pelas centrais sindicais para o dia 30.
Deputados e senadores de oposição ao governo alertam para a conjuntura ruim diante de um parlamento comprometido com os interesses de bancos e grandes empresas.
“A única saída agora é protestar, participar das mobilizações no dia 20, encher a caixa de mensagens dos senadores protestando contra o fim dos direitos trabalhistas e, no dia 30, parar o Brasil”, convoca a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.