Pesquisa Ibope, divulgada na tarde desta quinta-feira (27), mostra crescimento da avaliação negativa do governo. Além disso, maioria diz não confiar no presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve equilíbrio entre os que consideram o governo ótimo/bom, regular e ruim/péssimo, com 32% para cada resposta e 3% que não responderam. Mas, em abril, o ótimo/bom chegava a 35% e o ruim/péssimo, a 27%. Assim, em apenas dois meses a gestão perdeu três pontos positivos e ganhou cinco negativos. No mês da posse, a avaliação positiva chegava a 49%. A reportagem é da RBA.
Para efeito de comparação, em igual período do seu segundo mandato, em junho de 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebia 50% de ótimo/bom. Chegou ao final do governo com 80%, segundo a mesma pesquisa. A confiança em Lula, em junho de 2007, era de 61%, ante 46% do atual presidente.
Em outro item da pesquisa, 46% dos entrevistados disseram aprovar a maneira de governar, enquanto 48% desaprovavam – em abril, eram 51% e 40%, respectivamente. A maioria dos ouvidos pelo Ibope, 51%, afirmou que não confia no presidente, para 46% que confiam. Dois meses atrás, os que não confiavam somavam 45%.
A gestão Bolsonaro é apoiada, principalmente, pelos homens: 54% aprovam o governo e 42% desaprovam, enquanto 54% dizem confiar no presidente. Já entre as mulheres 39% aprovam e 54% desaprovam, e são 57% as que afirmam não confiar nele.
Na região Sul, a avaliação de ótimo/bom é de 52%. No Nordeste, o ruim/péssimo chega a 47%, com crescimento dessa avaliação negativa também no Centro-Oeste, de 20% para 33%. Nas capitais, o ruim/péssimo soma 37%, enquanto no interior subiu para 31%.
Entre as áreas de atuação, só há uma com mais de 50% de aprovação: segurança pública (54%). O meio ambiente, tema de polêmica na próxima reunião do G20, mostra 46% de aprovação e 45% de desaprovação. Em temas caros à população, o governo também é reprovado: 54% rejeitam a gestão na área de educação e no combate ao desemprego e 56% no campo de saúde. As piores avaliações são em relação a impostos (61%) e juros (59%).
Segundo a CNI e o Ibope, foram ouvidas 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro foi estimada em 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa de campo foi realizada do último dia 20 até domingo (23).