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Chapéu
Zona Leste

Sindicato protesta contra a reforma da Previdência

Linha fina
Dirigentes estiveram na agência 1743 do Bradesco - Jardim Aricanduva para alertar sobre os riscos desta proposta do governo
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Foto: Seeb-SP

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve na última sexta-feira (7) na agência 1743 do Bradesco - Jardim Aricanduva, na zona leste da capital paulista, para protestar contra a reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro. Junto com os bancários e a população local, os dirigentes coletaram assinaturas para o abaixo-assinado em defesa das aposentadorias e dialogaram com os trabalhadores sobre o que está em risco caso a PEC 06/2019 seja aprovada.

“Infelizmente, nesse péssimo clima que estamos às vésperas da votação da PEC, precisamos unir forças com os trabalhadores e toda a população para evitar que o pior aconteça. Com a implementação deste modelo de capitalização que está sendo discutido, a aposentadoria será um sonho cada vez mais distante”, afirmou o dirigente sindical Marcio Rodrigues.

Márciovoltou a lembrar que a capitalização foi adotada no Chile em 1981, durante o governo do ditador Augusto Pinochet (1973-1990). A ideia consistia em que os chilenos depositassem pelo menos 10% de seus salários por no mínimo 20 anos para se aposentar, sem qualquer contribuição de empregadores ou do Estado. O problema se revelou quando vieram os primeiros aposentados desse novo modelo: 90,9% deles recebem menos de 149.435 pesos (cerca de R$ 694,08), pouco mais da metade do salário mínimo naquele país, que é de 264 mil pesos (cerca de R$ 1.226.20). Os dados são de 2015, apresentados pela organização independente chilena Fundação Sol, com base em informações da Superintendência de Pensões do governo.

A PEC do governo Bolsonaro ainda reduz os valores dos benefícios. Hoje, o cálculo do valor das aposentadorias é a média de 80% dos salários mais altos recebidos ao longo da vida laboral, ou seja, retiram-se do cálculo os 20% de salários mais baixos, em geral os recebidos no início da carreira. Se a proposta passar, o cálculo passará a levar em conta 100% das remunerações recebidas pelo trabalhador em sua vida profissional, incluindo as mais baixas, o que reduzirá o valor da média.

“Por isso é importante se informar sobre o que está em jogo para não perder o direito de ter uma aposentadoria digna ao fim de sua vida laboral”, alertou o dirigente.

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