O Banco Carrefour descumpriu compromisso assumido com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e demitiu 15 trabalhadores nesta quarta-feira (10), em plena pandemia de coronavírus. Além da desumanidade de desempregar pessoas em meio à crise, o banco já vinha cometendo uma série de abusos para com os trabalhadores que estavam em regime de teletrabalho.
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De acordo com denúncia recebida pelo Sindicato, pelo menos 15 bancários foram desligados sem justa causa e contrariando o compromisso assumido pelos bancos, em mesa de negociação com a Fenaban, de não demitir durante a pandemia, a fim de não contribuir com a crise econômica e para dar segurança aos trabalhadores em tempos de incerteza.
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“Conversamos com o Carrefour em maio sobre a aplicação das MP 927 e 935 e ouvimos que a principal preocupação era a garantia dos empregos dos trabalhadores e que eles teriam interesse em manter o quadro de funcionários. Isso mostra que o banco descumpriu o compromisso com o Sindicato, com os trabalhadores e com a sociedade”, critica a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro.
A justificativa dada pelo banco também é questionada pelos trabalhadores, que afirmam que estavam cumprindo as metas estabelecidas pelo Carrefour até o início da pandemia. Além de não respeitar os trabalhadores, a decisão do banco não está embasada na crise econômica causada pela pandemia, visto que no primeiro trimestre de 2020, o Carrefour teve faturamento de R$ 9 bilhões.
Falta de estrutura
“A maioria dos empregados está trabalhando em home office, sem estrutura e sofrendo uma pressão descabida para cumprir metas, mesmo que estejam trabalhando em horário reduzido. O teletrabalho foi muito mais vantajoso para o Carrefour do que para o bancário”, relata Neiva.
O Sindicato enviou um ofício ao banco exigindo informações sobre as demissões e as condições de trabalho dos bancários do Carrefour, bem como sobre a cobrança de metas abusivas durante a pandemia.
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