Nesta semana, o Sindicato realizou dois atos em homenagem aos empregados da Caixa vitimados pela Covid-19 e pelo adoecimento em geral no ambiente de trabalho, cobrando medidas mais efetivas de proteção para os trabalhadores em relação ao coronavírus, vacina já para os bancários e melhores condições de trabalho em agências e departamentos.
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Na quarta-feira 9, o ato foi realizado no PAB TRT, de forma virtual, uma vez que a maioria dos empregados do setor na sua maioria estão em home office. A unidade registrou, em maio de 2020, o falecimento do empregado Ricardo de Vasconcelos de Borborema, de 34 anos.
Já na quinta-feira 10, o Sindicato esteve na agência agência Catedral, em Osasco, na qual foi registrado o falecimento, também em maio de 2020, da gerente geral Tieny Nicoletti Nunes. A abertura da unidade foi retardada em uma hora, houve diálogo com a população, e a presença de carro de som cobrando a vacinação dos empregados contra a Covid-19.
“Seguimos com nossas atividades de denúncia e homenagens às vítimas da Covid-19 na Caixa, e também às vítimas do adoecimento decorrente da falta de condições de trabalho adequadas nas unidades, com cobrança abusiva por metas e assédio moral. Os empregados da Caixa estão sobrecarregados, exauridos física e psicologicamente, massacrados pela cobrança de metas, que deveria ser suspensa neste momento de pandemia, uma vez que os trabalhadores já estão sobrecarregados com o pagamento de programas sociais como, por exemplo, o auxílio emergencial”, diz a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa Tamara Siqueira.
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Em 2021, já são mais de 80 empregados da Caixa que faleceram em decorrência da Covid-19, quase cinco vezes as mortes dos empregados em 2020. Em todo o ano de 2020, foram 18. De acordo com levantamento preliminar do Sindicato, no caso de outros cerca de oito óbitos, não relacionados com a Covid-19, existem fortes indícios de relação com riscos psicossociais do trabalho bancário na Caixa, com as cobranças abusivas de metas e o assédio moral na empresa.
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“Além da nossa luta por vacinação prioritária contra a Covid-19 para os trabalhadores do setor bancário, cobramos também medidas mais efetivas de proteção aos empregados da Caixa e melhores condições de trabalho em agências e departamentos. Nós vendemos a nossa força de trabalho para o banco. Não a nossa saúde e, muito menos, as nossas vidas”, conclui Tamara.