A Convenção Coletiva de Trabalho dos Financiários, assim como a da categoria bancária, é pioneira na conquista de diversos direitos aos trabalhadores, como auxilio creche/babá, auxílios refeição e alimentação, além da 13ª cesta, PLR, igualdade de oportunidades, prorrogação da licença maternidade/adoção e paternidade, assistência médica padrão sem custos ao empregado, folga assiduidade, isonomia para casais homoafetivos, verba para requalificação profissional, entre tantos outros benefícios.
A CCT vigente, firmada para o período de dois anos, com data-base em 1º de junho – portanto, válida de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2024 –, prevê que as cláusulas econômicas sejam atualizadas pelo reajuste composto pelo INPC acrescido de aumento real de 0,3%.
Assim, os financiários vão receber um reajuste salarial de 4,05%, retroativo a 1º de junho, data-base da categoria. Este aumento é com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) acumulado nos últimos 12 meses, divulgado na última quarta-feira 7, que apresentou uma variação de 3,74%, mais o 0,3% de aumento real, conquistado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2022-2024).
“Garantir o reajuste salarial e as verbas econômicas acima da inflação é sempre uma das prioridades dos trabalhadores e do movimento sindical, nas negociações com as financeiras. Ocasião em que também se busca ampliar direitos e conquistar melhores salários para os trabalhadores do ramo financeiro”, afirma Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.
O valor do reajuste é calculado com base no INPC/IBGE, que é um índice que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos. Nos últimos 12 meses, o INPC/IBGE acumulou uma alta de 3,74%, refletindo o aumento nos custos de vida para os trabalhadores.
Além dos salários, o reajuste também se aplica para todos os auxílios, adicionais e nos valores fixos e tetos da PLR.
A Convenção Coletiva dos Financiários tem aplicação aos trabalhadores das instituições financeiras de vários estados do Brasil. Na base territorial de atuação deste Sindicato estão a maioria das sedes dessas financeiras, como Aymoré, BMW, Caruana, CCB Brasil, Crefisa, Alfa, Itaú CBD, JBCred, Luiza Cred, Midway, Nu Financeira, Omni, Pan Financeira, Pefisa, Portoseg, Safra Crédito, Sofisa, entre outras, atingindo mais de 3.500 trabalhadores.
Algumas financeiras possuem acordos coletivos de trabalho próprios, mas todas elas seguem a Convenção Coletiva de Trabalho dos Financiários.
“Diante dos dois últimos governos que atuaram fortemente pela retirada de direitos dos trabalhadores, e com a alta expressiva da inflação nos últimos anos, a ratificação de uma Convenção Coletiva de Trabalho com validade de dois anos, sem perda de direitos, e com aumento real, se mostrou uma estratégia acertada do movimento sindical”, enfatiza Neiva.
“A razão da existência do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região é sempre a melhoria das condições de trabalho e a ampliação dos direitos. Para tanto, é necessário manter os trabalhadores do ramo financeiro organizados, para conhecer melhor suas demandas e garantir novas conquistas. E, para tornar o sindicato ainda mais forte e combativo, sindicalize-se. Juntos, somos mais fortes”, finaliza a dirigente.