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Chapéu
O Sindicato é feito de pessoas

Juvandia Moreira, a primeira mulher a presidir o Sindicato

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Juvandia Moreira, ex-presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

A série em vídeo O Sindicato é feito de pessoas – lançada como parte das comemorações pelos 100 anos da entidade, completados em abril – chega ao terceiro episódio com depoimentos da ex-presidenta da entidade Juvandia Moreira, hoje presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Juvandia nasceu em Nova Soure, cidade do agreste da Bahia, e como tantas outras trabalhadoras e trabalhadores nordestinos migrou para São Paulo em busca de melhores oportunidades de estudo e emprego. Chegou na capital paulista em 1990, entrou para a faculdade de Direito e, alguns meses depois, começaria a trabalhar no Bradesco. Sua aproximação com o Sindicato vem desde essa época, com participações em assembleias e nos cursos de formação ofertados pela entidade, mas foi só em 1997 que ela entraria para a diretoria.

Em 2010, o então presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, licencia-se do cargo para se candidatar a deputado estadual, e Juvandia, que era secretária-geral da entidade, assume seu lugar. Torna-se, assim, a primeira mulher a presidir o Sindicato, em 87 anos de fundação. Em 2011, ela seria eleita com mais de 80% de aprovação.

Estava aberto o caminho para que outras mulheres ocupassem a presidência, o que aconteceu com sua sucessora, Ivone Silva, e ocorrerá em breve com a posse oficial de Neiva Ribeiro, em julho. “Foi a consolidação de um processo de organização de luta das mulheres”, diz Juvandia, sobre sua chegada à presidência.

Juvandia destaca a criação da mesa de Igualdade de Oportunidades, um avanço nas negociações com os bancos, que possibilitou debates importantes que resultaram em conquistas históricas como a extensão do direito ao plano de saúde para casais homoafetivos e a realização do Censo da Diversidade Bancária.

A dirigente fala do pioneirismo da categoria bancária, com conquistas inéditas que acabam servindo de exemplo para a luta das demais categorias. Entre os exemplos, ela cita o programa de atendimento às bancárias vítimas de violência doméstica, clausulado na CCT da categoria.

A ex-presidenta aborda a importância da comunicação e lembra que foi em seu mandato que a entidade entrou para o Facebook, processo que foi consolidado nas gestões de Ivone Silva.

Juvandia lembra ainda a mudança no movimento sindical bancário com a eleição de Lula, em 2003, após as gestões privatistas de FHC. “Em um governo (FHC) que privatizava, que promovia PDVs, as pessoas tinham medo de ir às assembleias, de fazer greves. No governo Lula, as assembleias passam a ficar cheias”, conta. Ela destaca ainda a importância das greves na formação de novas lideranças.

A dirigente destaca também o legado dos trabalhadores bancários para o Brasil, frisando que o Sindicato não se preocupa apenas com a categoria, mas atua nas grandes questões políticas do país.

Assista a todos os trechos do depoimento de Juvandia Moreira.

  • Assista também aos depoimentos de Ivone Silva e de Neiva Ribeiro.
  • Assista ainda ao primeiro e segundo episódios da série História em Pílulas

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