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Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

Nas ruas e redes, bancários lançam a Campanha Nacional Unificada 2024

Imagem Destaque
Lançamento da Campanha dos Bancários 2024, na Avenida Paulista, em São Paulo

Nesta terça-feira, 18 de junho, trabalhadores do ramo financeiro de todo o país lançaram, nas ruas e redes, a Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024, mobilização da categoria para a renovação da sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Em São Paulo, o ato ocorreu pela manhã, na Avenida Paulista, onde bancários e bancárias empunharam suas bandeiras de luta. Foi realizado ainda, nas redes, uma mobilização na qual os trabalhadores fizeram postagens na rede X, antigo Twitter, com a hashtag #FuturoSeFazJuntos, que chegou a figurar entre os dez assuntos mais comentados do país.

Após o lançamento da Campanha dos Bancários 2024, na tarde desta terça 18, os bancários irão entregar à Fenaban (federação dos bancos) a sua minuta de reivindicações. O documento - construído de forma coletiva e democrática a partir de diversas conferências estaduais e regionais, considerando também a Consulta Nacional, respondida por quase 47 mil trabalhadores do ramo financeiro, e validado na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – elenca as reivindicações dos bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

Entre os principais pontos da minuta de reivindicações dos bancários estão: o reajuste com inflação mais aumento real de 5% (INPC na data-base); valorização do VA e VR; manutenção dos empregos; igualdade salarial entre homens e mulheres; jornada de 4 dias; fim das metas abusivas; defesa dos bancos públicos; uso da tecnologia em benefício também dos trabalhadores; e regulamentação do sistema financeiro.

Também na tarde desta terça 18, serão entregues pelos representantes da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) e da CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados da Caixa), aos respectivos bancos públicos, as minutas de reivindicações específicas para a renovação dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) do Banco do Brasil e da Caixa.

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, no lançamento da Campanha Nacional 2024 (Foto: Seeb-SP)

“A Campanha Nacional Unificada dos Bancários está oficialmente nas ruas e nas redes. Estaremos juntos, bancários e bancárias de todo o país, de bancos públicos e privados, para defendermos nossos direitos, pela valorização da categoria e para avançarmos em novas conquistas como, por exemplo, a jornada de 4 dias, além da luta por uma sociedade mais justa, social e ambientalmente responsável”, enfatiza a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Juros Baixos Já

Ainda na manhã desta terça-feira 18, bancários e bancárias, mobilizados para o lançamento da Campanha Nacional 2024, somaram-se ao ato da CUT e demais centrais sindicais contra a elevada taxa básica de juros (Selic) praticada hoje no país, que impacta negativamente no desenvolvimento econômico e na geração de empregos.

O ato coincide com o primeiro dia de mais uma reunião do Copom (Comitê de Políticas Monetárias) do Banco Central, que será encerrada na quarta-feira 19. Na última reunião, em maio, o Copom reduziu em apenas 0,25 ponto percentual a Selic, alterando o ciclo de cortes de 0,50 que vinha ocorrendo desde agosto de 2023. Com isso, a Selic hoje está em 10,50%, um dos maiores juros reais do mundo.

Bancários mobilizados na Avenida Paulista para o lançamento da Campanha Nacional e ato pela redução da Selic (Foto: Seeb-SP)

“Um dos eixos da nossa Campanha Nacional é a redução da taxa básica de juros, de forma que o país tenha as condições necessárias para avançar no crescimento econômico e na geração de emprego e renda. Vamos continuar denunciando a atual política de Campos Neto no BC, que alega que a queda no ritmo na redução da Selic se dá pelo aumento do emprego. Alegação esta que vai contra uma das principais missões do BC, que é colaborar para a geração de emprego no país. Para construirmos o futuro que queremos, juros mais baixos já”, conclui a presidenta do Sindicato.

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