
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu nesta quarta-feira 18 aumentar pela sétima vez seguida a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, agora em 0,25 ponto percentual: de 14,75% para 15% ao ano, a mais alta desde julho de 2006.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reforça sua defesa histórica pela redução das taxas de juros no Brasil. Os juros altos são um obstáculo ao crescimento econômico, à geração de emprego e ao bem-estar da população.
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas chegou a 45,3% em abril de 2025 – o maior patamar desde agosto de 2017. Essa situação tem impacto direto na vida dos trabalhadores e na saúde econômica do país.
Juros elevados encarecem o crédito bancário, limitam o consumo, dificultam o investimento produtivo e travam a geração de empregos. O resultado é um freio na economia, com efeitos negativos sobre o Produto Interno Bruto (PIB), a renda das famílias e a capacidade de investimento das empresas.
Além disso, as taxas altas agravam as contas públicas. Só nos últimos 12 meses até abril, os gastos com juros da dívida pública alcançaram R$ 928 bilhões – o equivalente a 7,7% do PIB – o que eleva ainda mais o endividamento do país e reduz o espaço para investimentos sociais.
O movimento sindical bancário tem sido voz ativa contra essa política de juros abusivos, defendendo uma atuação mais responsável por parte do Banco Central e o estímulo a políticas que fortaleçam o desenvolvimento, a produção e o emprego.
É preciso interromper esse ciclo de concentração de renda, que beneficia apenas o sistema financeiro e prejudica toda a sociedade. Um país com juros mais baixos é um país com mais oportunidade, crescimento e justiça social.
