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Ato reivindica áreas para reforma agrária

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Encontro reuniu cerca de dois mil trabalhadores do campo e da cidade
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São Paulo – Um grande ato em defesa da reforma agrária foi realizado na cidade de Lucélia, a 574 quilômetros da capital paulista. O evento, no sábado 28, reuniu cerca de dois mil trabalhadores representantes de diversas categorias e de várias regiões do estado.

A mobilização contou com apoio do Sindicato dos Bancários; da CUT/SP; dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC; dos Químicos do ABC; da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (FERAESP), além de diversos movimentos sociais.

O encontro apresentou como reivindicação central a liberação de terras consideradas devolutas no Pontal do Paranapanema. “O objetivo é reunir o campo e a cidade para questionar a lentidão da reforma agrária. Ela precisa ser agilizada tanto na região da Alta Paulista quanto no Pontal do Paranapanema”, afirmou o líder sem-terra José Rainha Júnior.

Segundo ele, há 325 mil hectares aptos para a reforma agrária, terra pública que está sendo ocupada pelas usinas, entre elas a Floralco, em Florada Paulista; a Usalpa – Usina Alta Paulista, em Junqueirópolis; e a Decasa Açúcar e Álcool S/A, em Marabá.

Também participou do evento o superintendente regional do Incra, Wellington Monteiro, que se comprometeu a realizar um convênio com o governo do Estado para assentar diversas famílias da região do Pontal. “A ideia é que em até dois anos consigamos arrecadar essa quantidade de terra existente para a reforma agrária”, afirmou.

Para o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, presente ao ato, a reforma agrária é urgente e necessária, porém não é suficiente. É importante crédito para a agricultura familiar com mais prazos de carência, como forma de facilitar o pagamento e desburocratizar o processo. “Queremos discutir o tema também durante a Conferência Nacional do Sistema Financeiro, que pretendemos realizar, incluindo trabalhadores de vários ramos. A manifestação foi importante, unindo trabalhadores do campo e da cidade, que é um dos princípios fundadores da CUT.”

O ato também é avaliado positivamente por Aparecido Bispo, secretário de Meio Ambiente da CUT/SP. “Os movimentos sociais estavam sem unidade, principalmente devido aos ataques da imprensa. O ato em Lucélia marcou a unidade desses movimentos com o sindical, e é uma oportunidade de tratar os gargalos da questão agrária.”


Redação com informações da CUT/SP e do portal iFronteira
 

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