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Empossado Comitê de prevenção e combate à tortura

Linha fina
Colegiado reúne 12 organizações da sociedade civil, entre elas a CUT, e fortalecerá o enfrentamento à tortura em instituições de privação de liberdade
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São Paulo - Vítima de tortura na ditatura militar, a presidenta Dilma Rousseff se emocionou nesta sexta-feira (25) ao instalar o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. O colegiado terá a missão de fortalecer o enfrentamento à tortura em instituições de privação de liberdade, como delegacias, penitenciárias, locais de permanência para idosos e hospitais psiquiátricos.

“A experiência, a minha especificamente, mas falo no sentido geral também, mostra que a tortura é como um câncer, que começa em uma cela, mas compromete toda a sociedade. Quem tortura, obviamente, o torturado, porque afeta a condição mais humana de todos nós, que é sentir dor, e destrói os laços civilizatórios da sociedade”, disse a presidenta com a voz embargada.

Ao posar para foto com os 23 membros do comitê - 11 indicados pelo Poder Executivo Federal e 12 por organizações da sociedade civil, escolhidos por meio de uma consulta pública – a presidenta abraçou emocionada a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. “Quando poderíamos imaginar que estaríamos aqui hoje, Eleonora?”, perguntou Dilma.

Presente a solenidade, o secretário de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney, ressalta que o processo de candidatura e eleição das entidades da sociedade civil foi muito democrático e a CUT, com seu histórico de atuação na defesa dos direitos humanos, foi credenciada e votada para compor o comitê. “Foi um processo longo que culmina com a posse dos membros e me sinto muito honrado em representar a CUT”, exaltou.

“Vamos poder entrar nos locais, atuar in loco, fazer relatórios das condições de manicômios, presídios, delegacias, comunidades terapêuticas, combater e acabar definitivamente com a prática da tortura no País”, disse o dirigente.

Dilma também afirmou que o País nunca esteve tão preparado para combater e prevenir a tortura e destacou que a nomeação dos integrantes CNPCT e que o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNTPC) fazem parte de processo de mudança da percepção no Brasil quanto ao tema.


CUT, com informações da Agência Brasil - 28/7/2014

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