São Paulo – Em ação judicial movida pelo Sindicato, um bancário do Banif (Banco Internacional do Funchal) conseguiu a reintegração à sua função junto à instituição financeira e a manutenção do seu plano de saúde.
“A reintegração ocorreu tranquilamente. Revi meus colegas de muitos anos de trabalho. Estou satisfeito. Justiça foi feita”, declarou o trabalhador.
Ele havia sido demitido em abril, mesmo com cirurgia na coluna agendada. Ao ser informado sobre a operação, o setor de RH obrigou o funcionário a realizar às pressas o exame periódico com o médico do trabalho, que o considerou apto para exercer suas funções. A demissão veio poucos dias depois.
O empregado, então, procurou o Sindicato, que entrou em contato com o Banif questionando tal procedimento. Após a cobrança da entidade, ele foi convocado para o exame demissional, que o considerou inapto para o trabalho em razão de sua lesão na coluna. Essa situação impossibilitaria sua demissão.
“O empregado não pode ser simplesmente descartado quando deixa de se adequar à política de produtividade e lucratividade da empresa, sob pena de aviltamento de sua dignidade”, escreveu a juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Viviane Pereira dos Santos, em sua decisão.
À época da dispensa, o bancário contou que aquela não seria a primeira vez que teria de passar por uma cirurgia na coluna, e que seu problema de saúde teve origem no desempenho de suas funções no Banif. “Ficava sentado 12 a 15 horas por dia. Um mês depois de operar pela primeira vez, em 2011, eu já estava viajando de avião a trabalho, sendo que eu não poderia.”
A dispensa do bancário ocorreu em um processo que desligou cerca de 40 empregados e que ficou marcado pelo desrespeito.
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Rodolfo Wrolli – 30/7/2014
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Ação foi movida pelo Sindicato; Banif dispensou funcionário mesmo com cirurgia marcada e considerado clinicamente inapto para o trabalho
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