Pular para o conteúdo principal

Igualdade de oportunidade está na pauta

Linha fina
Reunião com Fenaban marcada para quarta 15 e Sindicato cobrará resultados sobre Censo da Diversidade
Imagem Destaque
São Paulo – O Sindicato e a Contraf-CUT debatem com a federação dos bancos (Fenaban) o tema igualdade de oportunidade na quarta-feira 15. A mesa temática de negociação será promovida em São Paulo e os dirigentes sindicais querem discutir pendências que ficaram do último encontro, realizado em março. Um dia antes, na terça 14, integrantes da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (Cgros) reúnem-se na sede da Contraf.

> Igualdade de oportunidades foi debatida em março

A maior expectativa fica por conta da pesquisa Censo da Diversidade 2014. “Vamos cobrar que os bancos divulguem a pesquisa. Não queremos apenas um resumo ou recorte do censo, e sim todo o resultado. Desta forma enriqueceremos a pauta de reivindicações da categoria para a Campanha 2014”, explica a diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro.

Outra proposta da Cgros, que aguarda retorno da Fenaban, é a divulgação dos planos de cargos e salários. “Sabemos que há uma disparidade salarial entre homens e mulheres. Por isso, queremos a divulgação oficial para que a diferença fique evidenciada e possamos negociar abertamente para acabar com ela”, afirma o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Fabiano Paulo da Silva Júnior.

Mais um tema que deve voltar à mesa é o combate ao assédio sexual. O assunto foi tratado durante a Campanha Nacional 2014 e retomado na primeira reunião deste ano, quando a Cgros enfatizou a necessidade de definir as bases da campanha com ações conjuntas com os bancos, passando pela sensibilização dos bancários e bancárias, promoção de palestras nos locais de trabalho, debates e mensagens pela intranet e publicações.

Para Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, também será um ponto importante do debate a ausência de negros na categoria bancária. “Embora a população negra ultrapasse 50% da população brasileira, no setor bancário o número é muito pequeno. E os que trabalham na área recebem, em média, salário 27% menor do que um trabalhador branco.”

Hoje, são 19% de trabalhadores negros na categoria. Além do salário, poucos estão em cargo de comando ou no atendimento direto ao público e há dificuldades para a ascensão. “Nas negociações anteriores, reivindicamos 20% de trabalhadores e trabalhadoras negros”, acrescenta Almir.

Os dirigentes reivindicam ainda um espaço maior para promover debates qualificados com a participação de representantes do movimento sindical, da Fenaban, intelectuais e especialistas.


Contra-CUT, com edição da Redação – 13/7/2015
seja socio