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Mulheres cobram respeito e repudiam machismo

Linha fina
Episódio com adesivos de carro sexistas e ofensivos à presidenta da República gerou protestos até da ONU
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São Paulo – Comportamentos sexistas e machistas infelizmente não são novidade na sociedade brasileira e em muitos outros lugares do mundo. Esta semana até a Organização das Nações Unidas (ONU Brasil) protestou contra um episódio desse tipo: a produção, divulgação e comercialização de adesivos para carros lesivos aos direitos e garantias das mulheres e, em especial, à presidenta da República, Dilma Rousseff.

“Nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem e/ou justificar a banalização da violência contra as mulheres – prática patriarcal e sexista que lhes invalida a dignidade humana. Como defensora dos direitos de mulheres e meninas no mundo, a ONU Mulheres faz o alerta público sobre o teor violento e discriminatório das imagens, conclamando a sociedade brasileira e o poder público para a tolerância zero ao machismo”, afirmou em nota Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Justiça – A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci, solicitou no dia 1º de julho, ao Ministério Público Federal, à Advocacia Geral da União e ao Ministério da Justiça providências para investigar e responsabilizar  quem produz, divulga e comercializa os adesivos.“A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República tem como principal objetivo promover a igualdade entre homens e mulheres e combater todas as formas de preconceito e discriminação herdadas de uma sociedade patriarcal e excludente”, enfatizou Eleonora.

Centrais – O Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais, integrado por dirigentes da CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT também manifestou seu repúdio e exige punição para as pessoas responsáveis pela veiculação dos adesivos.

“Isso não é manifestação de liberdade de expressão, mas sim a manifestação de um machismo inaceitável com a presidenta, com as brasileiras, com as mulheres. É discriminatório, pois permite o desrespeito e a discriminação entre os seres humanos”, afirmam, em nota.


Redação - 3/7/2015
 
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