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Mulheres negras contra racismo e machismo

Linha fina
Marcha marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e lembra a figura da líder quilombola Tereza de Benguela
Imagem Destaque
São Paulo – Para combater o racismo, o machismo e a violência, a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo saiu às ruas da capital paulista reunindo ONGs e coletivos que lutam por igualdade racial e pelos direitos das mulheres. A iniciativa, na segunda-feira 25, celebrou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que teve como proposta dar visibilidade à luta de mulheres negras no continente.

Integram a marcha, que percorreu as ruas do centro da capital, grupos como Aurora Negra, Uneafro, Coletivo NegraSô, Geledés Instituto da Mulher Negra, Círculo Palmerino, Núcleo de Consciência Negra da USP, Marcha Mundial das Mulheres, Frente de Mulheres Imigrantes e refugiadas, além de coletivos de juventude, partidos (PCdoB, Psol, PT) e sindicatos.

As mulheres também protestam contra retrocessos na questão da igualdade racial promovidos pelo governo interino de Michel Temer, que retirou status de ministério da Secretária Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), agora alocada com menor autonomia no Ministério da Justiça. As mulheres negras também lutam por liberdade sexual e contra lesbofobia.

Essa edição da Marcha das Mulheres Negras presta homenagem a Tereza de Benguela, que liderava o quilombo Quariterê, no Mato Grosso, em meados do século 18.
O debate é sobre como superar divergências ideológicas, partidárias, geracionais e de gênero na busca por unidade em defesa dos direitos das mulheres negras. “Estar em marcha é estar em movimento, é tomar o espaço público, é lembrar que os nossos passos vêm de longe, é resgatar a nossa humanidade dilacerada pelo patriarcado e racismo. Mulheres Negras”, afirma texto convocando a Marcha.

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Rede Brasil Atual com edição da redação – 25/7/2016
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