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São Paulo – Para combater a violência contra a mulher com deficiência, o grupo Inclusivass, em Porto Alegre, busca articular políticas públicas de atendimento às vítimas promovendo mais acessibilidade e incentivando-as a denunciar.
Segundo dados da ONU, mulheres e meninas com deficiência são três vezes mais vulneráveis a abusos e violência doméstica. "Se a gente suspeita sobre a veracidade de uma menina que foi estuprada por mais de 30 homens, e questiona se foi culpada, ou não, imagina uma pessoa que não tem toda a sua capacidade cognitiva. Ela é ainda mais desvalidada", relata a psicóloga Vitória Bernardes, que é cadeirante e integra o coletivo, à TV Educativa do Rio Grande do Sul.
> Vídeo: entrevista de Bernardes à TV Educativa
A coordenadora do grupo, Carolina Santos, que também ficou em uma cadeira de rodas após ter levado um tiro de um ex-namorado inconformado com a separação, conta que as mulheres vítimas têm ainda que superar o dilema da culpa.
"Consegui enxergar que, daquela culpa que carreguei durante tantos anos, que me causou tanto sofrimento, tanto transtorno, que eu era uma vítima de toda a situação de violência que tinha sofrido. Não era culpada, mas, sim, uma vítima de uma brutalidade", diz Carolina.
Dentre outras ações, o Inclusivass solicita a inclusão do item deficiência nos boletins de ocorrência policial, de modo a garantir a produção de dados sobre a violência contra esse grupo específico.
"O projeto Todas são Todas tem como objetivo principal fortalecer as políticas de enfrentamento à violência doméstica e alertar a sociedade e o estado que nós, mulheres com deficiência, também sofremos violência. Nós, mulheres com deficiência, sofremos três vezes mais violência que as demais mulheres", diz Carolina.
Rede Brasil Atual - 26/7/2016
Segundo dados da ONU, mulheres e meninas com deficiência são três vezes mais vulneráveis a abusos e violência doméstica. "Se a gente suspeita sobre a veracidade de uma menina que foi estuprada por mais de 30 homens, e questiona se foi culpada, ou não, imagina uma pessoa que não tem toda a sua capacidade cognitiva. Ela é ainda mais desvalidada", relata a psicóloga Vitória Bernardes, que é cadeirante e integra o coletivo, à TV Educativa do Rio Grande do Sul.
> Vídeo: entrevista de Bernardes à TV Educativa
A coordenadora do grupo, Carolina Santos, que também ficou em uma cadeira de rodas após ter levado um tiro de um ex-namorado inconformado com a separação, conta que as mulheres vítimas têm ainda que superar o dilema da culpa.
"Consegui enxergar que, daquela culpa que carreguei durante tantos anos, que me causou tanto sofrimento, tanto transtorno, que eu era uma vítima de toda a situação de violência que tinha sofrido. Não era culpada, mas, sim, uma vítima de uma brutalidade", diz Carolina.
Dentre outras ações, o Inclusivass solicita a inclusão do item deficiência nos boletins de ocorrência policial, de modo a garantir a produção de dados sobre a violência contra esse grupo específico.
"O projeto Todas são Todas tem como objetivo principal fortalecer as políticas de enfrentamento à violência doméstica e alertar a sociedade e o estado que nós, mulheres com deficiência, também sofremos violência. Nós, mulheres com deficiência, sofremos três vezes mais violência que as demais mulheres", diz Carolina.
Rede Brasil Atual - 26/7/2016