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Deu Ruim

Brasil perde 661 vagas com carteira assinada em junho

Linha fina
É a primeira vez no ano que o resultado apresenta queda. O último registro negativo foi em dezembro de 2017, quando, logo após a aprovação da reforma trabalhista, o Brasil perdeu 340.087 vagas
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Fotos: Fotos Públicas

A promessa do governo ilegítimo de Michel Temer de que modernizando as leis trabalhistas, o país criaria um milhão de empregos não se cumpriu. O discurso caiu por terra com a divulgação dos dados sobre empregos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na sexta-feira 20.

A reportagem é do Portal CUT.

Nem mesmo a formalização do bico e das condições precárias de trabalho estão ajudando na geração de novas vagas no mercado de trabalho. O Brasil encerrou o mês de junho com o fechamento de 661 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com o saldo entre contratações e demissões do Ministério do Trabalho. É a primeira vez no ano que o saldo é negativo.

O último resultado negativo foi registrado em dezembro de 2017, quando, logo após a aprovação da nova legislação, o Brasil perdeu 340.087 empregos com carteira assinada. Em abril, o País havia criado 121.146 empregos, mas em maio o número já havia caído expressivamente para apenas 33.659 postos de trabalho. 

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, está cada vez mais claro que a reforma trabalhista foi aprovada para acabar com os direitos da classe trabalhadora. Segundo ele, além do fim da CLT e da legalização do bico e de formas fraudulentas de contrato de trabalho, a condução da política econômica é um desastre e tem agravado o cenário de desemprego e falta de expectativa da população brasileira.

“A recessão está destruindo as contas públicas e as famílias brasileiras estão sentindo isso no orçamento. O Brasil com Temer é o retrato da falta de esperança e do aumento do desalento”, completa o presidente da CUT, se referindo ao aumento de 194,9% no número de pessoas que desistiram de procurar emprego no primeiro trimestre de 2018 em comparação com o mesmo período de 2014.

Dados do IBGE mostram que o Brasil tem hoje 4,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que sequer têm forças para procurar uma vaga no mercado de trabalho, depois de meses e meses de tentativas frustradas.

Além disso, são cerca de 27,7 milhões de trabalhadores subutilizados no País, o que inclui os 13,7 milhões de desempregados, as pessoas que gostariam e precisam trabalhar e aqueles que desistiram de procurar.

Pibinho de Temer

A condução da política econômica de Temer, criticada pelo presidente da CUT, fez com que as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) fosse revisadas para baixo novamente. Além da queda de quase -7% do PIB entre 2015 e 2016 e do crescimento pífio de 1% em 2017, o próprio governo reduziu de 2,97% para 1,6% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2018.

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