Mais uma vez a Fenaban (federação dos bancos) não deu respostas às reivindicações da categoria. Na mesa sobre cláusulas econômicas, nesta quarta-feira 1º, o setor mais lucrativo da economia brasileira enrolou e não apresentou proposta para demandas como aumento real (INPC acumulado mais reajuste) nos salários e demais verbas como PLR, VA e VR, auxílio-educação, auxílio creche/babá, plano de cargos e salários. Também ficaram de avaliar reivindicações sobre o tema igualdade de oportunidades.
A Fenaban se comprometeu a apresentar respostas para as reivindicações da categoria, como aumento real e PLR maior, em nova rodada, marcada para terça-feira 7. O Sindicato dos Bancários realizará assembleia para avaliação da proposta na quarta-feira 8.
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“Na mesa com o bancos, deixamos claro que aumento real foi apontado como prioridade pela categoria em consulta nacional. E que eles tinham frustrado nossa expectativa, que era de sair hoje já com uma proposta global, como ficou combinado desde a mesa que estabeleceu o calendário de negociações”, criticou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa os trabalhadores nas negociações da Campanha Nacional 2018 com a Fenaban.
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Os representantes dos trabalhadores também lembraram que os lucros cada vez maiores dos bancos não deixam nenhuma dúvida de que eles podem remunerar melhor seus funcionários. “Em 2017, apenas os cinco maiores lucraram R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, eles já apresentam lucro 20,4% maior do que tiveram no mesmo período do ano passado. E os balanços do semestre, que já foram divulgados pelo Itaú, Bradesco e Santander, confirmam essa tendência de alta. Portanto, eles não têm nenhuma justificativa para não apresentar proposta digna de aumento real, valorizando assim os trabalhadores que constroem esses resultados”, destaca Ivone.
De 2003 a 2017, a soma dos lucros do maiores bancos atuantes no Brasil teve crescimento real de 159,5%.
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Igualdade de oportunidades
Na rodada desta quarta 1º também foram debatidas reivindicações para promoção da igualdade de oportunidades no setor bancário. As coordenadoras do Comando destacaram que, segundo pesquisas, o machismo ainda é o principal preconceito da sociedade brasileira, e isso tem de ser combatido nos bancos, inclusive com cláusulas de combate ao assédio sexual.
“A categoria bancária é pioneira na discussão do tema. É importante não deixarmos ocorrerem retrocessos nessa questão. Por isso reivindicamos que os bancos realizem campanhas para debater o assunto nos locais de trabalho, promovendo assim o respeito a todos, independentemente de sexo, cor, raça, religião ou orientação sexual”, disse Ivone.
Os bancários reivindicaram ainda a realização de um novo Censo da Diversidade, pois já se passaram quatro anos desde o último, feito em 2014. A Fenaban ficou de avaliar a realização de novo censo e estudar as demais demandas sobre o tema.
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