Os trabalhadores de bancos públicos e privados da base do Sindicato dos Bancários e São Paulo, Osasco e Região elegeram, nesta quinta-feira 2, chapa única de delegados para representá-los na 22ª Conferência Estadual, a ser realizada neste sábado 4. Devido a pandemia de coronavírus, a votação foi virtual, por meio de link disponibilizado no site do Sindicato, entre 18h e 19h30. A chapa eleita possui representantes das centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical e Conlutas.
A 22ª Conferência Estadual debaterá as prioridades apontadas pela categoria em São Paulo, por meio de consulta realizada pelos sindicatos da categoria no estado, para a Campanha Nacional dos Bancários 2020. As resoluções desse debate, por sua vez, serão levadas à 22ª Conferência Nacional, que reunirá delegados de todo o país, no dias 17, 18 e 19 de julho, e aprovará a pauta de reivindicações da categoria, a ser negociada com a Fenaban (federação dos bancos) nas mesas da Campanha Nacional deste ano. Também por conta da pandemia de coronavírus, que impede aglomerações, as conferências estadual e nacional serão realizadas de forma virtual.
Na assembleia desta quinta, os bancários também autorizaram o Sindicato a fazer a negociação com a Fenaban para a aprovação de uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, e também para negociar os acordos específico do Banco do Brasil e da Caixa. Autorizaram ainda o desconto da contribuição negocial quando as negociações da Campanha Nacional 2020 chegarem ao fim. E ainda votaram para desautorizar a Contec a representá-los nessas negociações.
A presidenta do Sindicato, Ivone Silva, agradece a participação dos trabalhadores na assembleia e destaca que essas são as etapas iniciais da Campanha 2020. “Nossas campanhas são feitas de forma democrática. Assim, o primeiro passo é a realização da consulta na qual os bancários apontam suas principais reivindicações, como índice de reajuste para salários e demais verbas como VA e VR e PLR, e outras demandas como as de saúde e condições de trabalho. Este ano, os bancários da nossa base apontaram que querem discutir o teletrabalho, que foi adotado massivamente pelos bancos por conta da pandemia. E vamos levar esse debate para a conferência estadual e para a nacional.”
Ivone lembra que mais uma vez a Campanha se dá em contexto de retirada de direitos trabalhistas e de ameaças de retrocesso, e que a união e mobilização da categoria é fundamental. “Mais uma vez sentaremos à mesa com os bancos para defender nossos direitos, conquistados ao longo de décadas de luta, e para tentar avançar em outras conquistas. É a união da categoria que nos dá força para nas negociações. Só a luta nos garante”, reforça.
Bancos públicos
Além da CCT, discutida em mesa única de bancos privados e públicos, os bancários da Caixa e do Banco do Brasil possuem acordos de trabalho específicos. As reivindicações específica de cada banco público serão discutidas em seus respectivos congressos nacionais. O da Caixa, o 36º Conecef, será realizado nos dias 10 e 11 de julho, e o do BB, o 31º CNFBB, nos dias 10, 11 e 12 de julho. Os debates em ambos também serão realizados de forma virtual.