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Chapéu
São Paulo e Barueri

Sindicato protesta em cinco agências do Bradesco por empregos e atendimento presencial

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Imagem mostra dirigentes sindicais enfileirado em frente a uma agência do Bradesco. na frente deles, um caixão representando a morte dos empregos bancários e das agências

O Sindicato dos Bancários de São Paulo protestou em cinco agências do Bradesco em defesa dos empregos bancários e pela manutenção dos pontos de atendimento presencial.

Os protestos realizados nesta quarta-feira 30 ocorreram em unidades bancárias localizadas em São Miguel Paulista, na República, no Jabaquara, em Barueri e em Pinheiros.  

Essas unidades estão absorvendo os clientes das agências que vêm sendo fechadas ao longo dos últimos meses. E, por conta disso, operam sobrecarregadas.

“Uma situação que penaliza clientes – obrigados a se deslocar cada vez mais para buscar atendimento em um local que já se encontra lotado –; e também bancários, que têm de lidar com a sobrecarga de trabalho. Reflexo da política de fechamento de agências que o banco vem adotando há mais de um ano e que está causando muitos transtornos para a população e para os trabalhadores”, denuncia Márcio Vieira, dirigente sindical e bancário do Bradesco.

Somente em 2024, o Bradesco fechou 390 agências, 903 postos de atendimento e 92 unidades de negócios, totalizando, respectivamente 2305 agências, e 728 postos de atendimento e 728 unidades de negócios ao final de 2024.

Além de fechar agências, o Bradesco vem eliminando milhares de postos de trabalho. A holding encerrou 2024 com 84.022 funcionários (sendo 72.642 do Banco Bradesco), com fechamento de 2.200 postos de trabalho em doze meses (e abertura de apenas quatro postos no trimestre).

Só com o que lucra com as tarifas cobradas dos clientes, o Bradesco paga a folha de salarial de todos os seus funcionários mias de uma vez. Os dados são das demonstrações contábeis do banco.

“Mas mesmo assim o Bradesco prefere prestar um serviço cada vez pior para a população; e intensificar a sobrecarga de trabalho aos seus empregados. As demissões e o fechamento de agências causam um cenário que prejudica muito os trabalhadores e os clientes, obrigados a encarar superlotação nas agências que sobraram”, enfatiza Márcio.

O dirigente lembra que o lucro do Bradesco cresceu 20% só em 2024 e 39% nos 12 meses encerrados em maio de 2025.

“Está claro que essa política de redução de agências de trabalhadores só beneficia os controladores e acionistas do banco, à custa do adoecimento dos bancários e do desrespeito aos clientes. Os relatos de insatisfação são generalizados. E a direção do banco precisa saber que trabalhadores e clientes, os maiores responsáveis pelo lucro do banco, estão cansados de sobrecarga, de superlotação e de longos deslocamentos para conseguir atendimento presencial. Seguiremos denunciando essa situação para a população, que está farta de ser mal tratada quando precisa de atendimento”, afirma Márcio.

As atividades desta quarta-feira 30 ocorreram uma semana depois de o Sindicato protestar em outras seis agências pelos mesmos motivos.

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