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Bancários aprovam campanha no CAT Itaú

Linha fina
Concentração de mais de 5 mil trabalhadores, na zona leste, assiste ao Assédio-Busters, os caçadores de fantasmas do assédio moral
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São Paulo – Parece filme, mas não é. A realidade enfrentada pelos bancários – com muita pressão pelo cumprimento de metas abusivas – pode ser comparada a obras de ficção, de tão absurda. Com o mote cinematográfico Bancos em 3D, Demitem, Desrespeitam, Deprimem. Vamos mudar essa história!, a Campanha Nacional 2014 foi exibida no Centro Administrativo Tatuapé (CAT) do Itaú, na quinta 21. Teve até pipoca!

A Folha Bancária foi distribuída para informar os mais de 5 mil funcionários sobre a primeira negociação, na terça 19 e quarta 20, que debateu saúde e condições de trabalho.

> Bancários cobram medidas para saúde
> Fotos: galeria do lançamento no CAT

Os dirigentes sindicais aproveitaram a mobilização para lembrar que os bancos são responsáveis pelo grande número de afastamentos por cobrarem abusivamente metas, muitas vezes, impossíveis.

“Os bancários apoiaram o lançamento da campanha no CAT. Disseram que estão prontos para arrancar melhores condições de trabalho e remuneração, colocando-se dispostos até para uma greve, se necessário”, conta o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho.

É tudo verdade – Diante dos filmes “apresentados” pelo Sindicato, os trabalhadores fizeram analogias com o roteiro cotidiano no banco.

Missão Impossível foi citado por um funcionário do setor 30 Horas. O jovem, de apenas 20 anos, já teve depressão depois de entrar no Itaú.

“A pressão é muito grande, recebemos um e-mail atrás do outro, a todo momento, cobrando vendas. São 160 ligações que atendemos por dia e ainda temos a obrigação de vender para todos os atendimentos. Enquanto isso, não temos respaldo nenhum pois o fluxo de trabalho é intenso. Eles não têm nenhuma preocupação com o lado humano, com a nossa saúde, só com produtividade”, conta o bancário que só pode fazer duas pausas de 15 minutos durante as seis horas que trabalha ao telefone.

Já uma bancária da Central Uniclass afirma que o filme vivido por ela no CAT é Velozes e Furiosos: “A gente precisa fazer o serviço muito rápido, se não, o gestor fica furioso.”

> Enquete: Qual o seu filme no banco?

O dirigente sindical Serginho reforça que é  preciso mudar essa história de pressão, metas abusivas e assédio moral. “Os bancos precisam aceitar que são responsáveis pelo adoecimento e contratar mais para melhorar as condições de trabalho”, completa o representante dos trabalhadores.


Mariana Castro Alves – 21/8/2014

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