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Caixa não quer discutir isonomia de direitos

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Segunda rodada de negociação específica da Campanha foi marcada pela intransigência do banco público
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São Paulo – A licença-prêmio e o ATS (Adicional por Tempo de Serviço) para quem ingressou na empresa após 1998 foram novamente negados pela direção da Caixa Federal. A recusa foi anunciada na segunda rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2014 nesta sexta 29, em Brasília, que discutiu temas relacionados a isonomia, Funcef e aposentados.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis, os interlocutores do banco informaram que nenhuma empresa pública está autorizada a discutir essa licença e o anuênio nas negociações. “Não aceitamos essa argumentação e reforçamos que não há justificativas para não resolvermos a questão por meio do diálogo. Assim, insistimos na reivindicação e cobramos que fossem apresentados dados sobre o impacto na Caixa se houvesse a extensão desses direitos aos demais bancários.”

Os negociadores pela instituição ficaram de analisar o pedido de realizar esse estudo.

REG/Replan – Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar o direito ao PCS (Plano de Cargos e Salários) e ao PFG (Plano de Funções Gratificadas) mesmo para quem não quitou o REG/Replan. O banco disse que não mudará de posição e que só migra aos planos quem fizer o saldamento.

Carreira – No debate sobre a revisão da ESU (Estrutura Salarial Unificada) e do PCS da carreira administrativa, os integrantes da Comissão de Empresa dos Empregados (CEE) argumentaram que esses modelos estão defasados, pois praticamente não há mudanças desde sua implantação em 2008. “Na época foi uma conquista importante na medida em que unificou as carreiras de quem entrou na Caixa antes e após 1998. No entanto, agora é necessário que haja valorização. Citamos, inclusive, que o PCS da carreira profissional, que engloba engenheiros, arquitetos e advogados, sofreu alterações favoráveis a esses trabalhadores. Agora é a vez de valorizar também quem está na carreira administrativa.”

Os interlocutores do banco alegaram que o PCS dos profissionais estava defasado, por isso houve alterações. No entanto, ficaram de avaliar a reivindicação.

Funcef – Também foi rejeitada pela Caixa a proposta dos bancários de a instituição reconhecer o CTVA (Complemento Temporário Variável de Ajustes de Mercados) como verba salarial para fins de aporte ao fundo de pensão.

Os dirigentes cobraram informações sobre o processo de incorporação do plano REB pelo Novo Plano Funcef; Os representantes da Caixa afirmaram que o assunto foi remetido para apreciação da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar).

Vale-cultura – Os empregados também reivindicaram que o vale-cultura fosse concedido a todos os trabalhadores. A Caixa ficou de analisar a proposta.

Aposentados – O banco também disse “não” às propostas de manter o Saúde Caixa para os trabalhadores que se aposentaram por meio do Programa de Apoio à Demissão Voluntária (PADV), e de pagar o vale- alimentação e a PLR aos aposentados.

Negociações – Os temas segurança e terceirização, que também seriam discutidos nesse encontro, foram adiados para as negociações que ocorrem nos dias 8 e 12 de setembro.


Jair Rosa – 29/8/2014

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