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Governo Alckmin enfrentará duas investigações

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Vereadores de São Paulo e Câmara dos Deputados aprovam CPIs sobre Sabesp e Metrô, respectivamente
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São Paulo – O Governo do Estado de São Paulo, capitaneado por Geraldo Alckmin (PSDB), vai enfrentar duas CPIs independentes nos próximos meses. Uma, na Câmara Municipal de São Paulo, é sobre o contrato entre a prefeitura e a companhia de saneamento básico do estado, a Sabesp. A outra, na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre formação de cartel envolvendo o Metrô paulista.

Para o vereador Laércio Benko (PHS), autor do requerimento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), o contrato não está sendo cumprido. “O principal objetivo é fornecer água, o que não está ocorrendo. Na cidade toda temos falta. Só não existe grave crise hídrica para quem não quer ver ou para quem tem estoque de água Perrier em casa”, afirmou à Rede Brasil Atual.

Mesmo com diversos relatos de falta d'água constante em vários bairros da cidade, o governador afirma que não há racionamento, nem risco disso acontecer até março de 2015. Já o Ministério Público Federal (MPF) cobra que o Palácio dos Bandeirantes assuma publicamente a impossibilidade de abastecimento normal.

Desde o começo do ano o estado vive uma crise hídrica, com reservatórios atingindo níveis inéditos. Em maio, o Sistema Cantareira, que atende a maior parte da população da capital, passou a usar água do “volume morto”, uma reserva que fica abaixo do nível das bombas de captação.

Para os tucanos, que votaram em massa contra a CPI que pode atingir a campanha de Alckmin à reeleição, a investigação tem caráter eleitoreiro, já que Benko também é candidato ao governo do estado.

A CPI será composta por nove vereadores, um de cada partido com mais de três parlamentares na Casa. As legendas têm sete dias para fazer as indicações. Caso isso não ocorra, o presidente da Câmara, José Américo (PT), poderá fazê-lo. Depois disso, há uma eleição para se escolher presidente e relator da comissão. A CPI terá 120 dias para concluir seus trabalhos.

Metrôs – Depois de ter ficado engavetada durante dois meses – foi criada em maio –, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ) dos Metrôs foi instalada na quarta-feira 6.

A comissão tem o objetivo de investigar denúncias de irregularidades e de formação de cartel nos contratos dos metrôs de São Paulo (nos governos do PSDB) e do Distrito Federal (nos governos do PMDB e do DEM). É formada por 16 senadores, 16 deputados e outros 36 parlamentares na suplência, entre deputados e senadores.

A instalação obedeceu a um rito célere de formalidade, mas não houve quórum suficiente para eleger presidente e vice e definir o relator, o que ficou para 2 de setembro.

A missão de instalar a CPMI dos Metrôs, na quarta 6, coube ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Pelo fato de ser o mais antigo no Senado dentre os parlamentares indicados para integrar a composição, Suplicy contou com a prerrogativa regimental de dar início aos trabalhos.


Redação, com informações da Rede Brasil Atual - 7/8/2014

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