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São Paulo – O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) resolveu prorrogar a campanha Tô Sem Água, prevista para estar no ar entre 26 de junho e 31 de julho. A campanha permanecerá até que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) respondam à carta enviada pelo instituto na qual são apontadas evidências de racionamento na Grande São Paulo, o que é negado pelo governo estadual.
O objetivo da campanha é colher relatos de moradores sobre falta de água nos seus bairros, os períodos em que isso acontece e a frequência. Isso é feito por meio do site do Idec.
> Relate se falta água em seu bairro
Até o dia 1º de agosto, o Idec já havia recebido 543 denúncias de interrupção do abastecimento de água. Desse total, 73% afirmaram que o problema ocorre à noite, 9% de manhã, 13% durante o dia e à noite, e 5% somente à tarde. Essas informações constaram das cartas endereçadas à Sabesp e Arsesp. O Idec também enviou carta ao governo do estado.
Em nota no seu site, o instituto defende que o consumidor deve ser respeitado em seu direito à informação e à transparência, e afirma: “Se o racionamento está mesmo acontecendo, ele precisa ser feito de maneira responsável, igualitária e transparente para toda população”.
A advogada do Idec e responsável pela campanha, Claudia Almeida, destaca que o canal de denúncia será mantido até que a população seja formalmente comunicada sobre a falta de água. “O Idec recebeu uma média de 14 reclamações por dia, ou seja, está evidente que o racionamento está ocorrendo.”
> Consumidores apontam racionamento em São Paulo
Frequência – Do total de relatos, 73% informaram que falta água uma vez por dia, em todos os dias; 17% afirmaram que falta mais de uma vez por semana; 5% disseram que o problema ocorre mais de uma vez por dia; para 3% é uma vez por semana; 1% uma vez por mês e 1% relataram mais de uma vez por mês.
Regiões – As regiões mais afetadas com a falta de abastecimento de água são zona oeste (24%), norte (23%), sul (20%), leste (25%) e Grande São Paulo (8%).
A maioria dos denunciantes (59%) disse perceber comprometimento na qualidade de água fornecida, dado que o Idec considera alarmante.
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Redação, com informações do Idec – 5/8/2014
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