São Paulo – Os representantes dos empregados iniciam os debates da Campanha Nacional específicos com a direção da Caixa Federal pelas questões relativas à saúde do trabalhador e ao Saúde Caixa. A negociação ocorre nesta quinta 21, em Brasília.
Uma das principais reivindicações é que seja suspensa a implantação da GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), que sofre duras críticas dos bancários. Esse modelo, implantado de forma unilateral pela direção da empresa, estabelece metas individuais, adota ranking a partir do momento que premia aqueles que têm melhor desempenho e ainda coloca o funcionário sob o risco de descomissonamento. "A GDP é o inverso de tudo que defendemos e aumenta o assédio moral pela cobrança por metas. Elas têm de ser elaboradas a partir do debate com os bancários, têm de ser coletivas e não pode haver qualquer tipo de ranking", afirma Dionísio Reis, integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE). "A Caixa tem de rever esse sistema o mais rápido possível. As metas abusivas, o assédio moral e a sobrecarga de trabalho são responsáveis diretos pelo adoecimento dos trabalhadores."
Outra reivindicação é a redução da carga horária sem alteração de salário, a reposição do bancário que se afasta por conta de doença e o abono das horas para acompanhar filhos com deficiência, sem limite de idade, em consultas médicas. "Também consideramos essencial ter mais agilidade na convocação de concursados e que se aumente o número de bancários por unidade. Há agências com pouquíssimos empregados para dar conta da crescente demanda. Outra situação que coloca em risco a saúde dos trabalhadores."
Para Saúde Caixa, entre as propostas dos bancários, estão: utilização do superávit na melhoria dos serviços do plano, a eliminação de carência para atendimentos em pronto-socorro e que o Conselho de Usuários passe a ter caráter deliberativo.
Jair Rosa – 20/8/2014
