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São Paulo – Em 2015, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 recebeu 76.651 relatos de violência. Entre os casos, 50,16% corresponderam à agressão física; 30,33% à psicológica; 7,25% à moral; 2,10% à patrimonial; 4,54% à sexual; 5,17% a cárcere privado; e 0,46% ao tráfico de pessoas.
O 180 é o canal oficial para receber denúncias de violência à mulher previstas na Lei Maria da Penha (11.340/2006), cuja sanção pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva completou dez anos no domingo 7.
A dirigente sindical Erica Godoy avalia que a lei é um exemplo para diversos países. “A Organização das Nações Unidas (ONU) chegou a divulgar em um de seus relatórios que a Maria da Penha é pioneira em termos de legislação no combate à violência contra a mulher. Mesmo assim não podemos aceitar retrocessos, pelo contrário, precisamos lutar até que se acabe de vez com a cultura machista na sociedade.”
Para Erica, o número de queixas pelo Ligue 180 poderia ser bem maior, caso fossem implementadas políticas que propiciassem meios de subsistência a quem sofre agressão doméstica. “Muitas mulheres, infelizmente, deixam de denunciar companheiros devido à dependência financeira. Suportam caladas por não verem outra saída. Se elas passassem por cursos de qualificação e houvesse a inserção no mercado de trabalho, essa dependência acabaria e muito mais pessoas reagiriam, resgatando sua cidadania.”
Segundo relatório divulgado em março pela Organização Mundial de Saúde (OMS), num total de 83 países, o Brasil ocupa a quinta colocação em taxa de feminicídios, chegando a 4,8 para o universo de 100 mil mulheres. “Esse problema tem de ser combatido na raiz. As mulheres têm de ter coragem de denunciar. E as delegacias especializadas serem melhor estruturadas para dar atendimento adequado às vítimas”, observa Erica Godoy.
O tema é tão relevante para a categoria que uma das principais resoluções da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, de 29 a 31 de julho, foi aprovar moção de repúdio contra qualquer forma de violência contra a mulher seja física, psicológica, sexual ou simbólica.
Em caso de dúvida sobre como buscar ajuda ou ajudar vítimas de violência doméstica, ligue 180.
Jair Rosa – 8/8/2016
O 180 é o canal oficial para receber denúncias de violência à mulher previstas na Lei Maria da Penha (11.340/2006), cuja sanção pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva completou dez anos no domingo 7.
A dirigente sindical Erica Godoy avalia que a lei é um exemplo para diversos países. “A Organização das Nações Unidas (ONU) chegou a divulgar em um de seus relatórios que a Maria da Penha é pioneira em termos de legislação no combate à violência contra a mulher. Mesmo assim não podemos aceitar retrocessos, pelo contrário, precisamos lutar até que se acabe de vez com a cultura machista na sociedade.”
Para Erica, o número de queixas pelo Ligue 180 poderia ser bem maior, caso fossem implementadas políticas que propiciassem meios de subsistência a quem sofre agressão doméstica. “Muitas mulheres, infelizmente, deixam de denunciar companheiros devido à dependência financeira. Suportam caladas por não verem outra saída. Se elas passassem por cursos de qualificação e houvesse a inserção no mercado de trabalho, essa dependência acabaria e muito mais pessoas reagiriam, resgatando sua cidadania.”
Segundo relatório divulgado em março pela Organização Mundial de Saúde (OMS), num total de 83 países, o Brasil ocupa a quinta colocação em taxa de feminicídios, chegando a 4,8 para o universo de 100 mil mulheres. “Esse problema tem de ser combatido na raiz. As mulheres têm de ter coragem de denunciar. E as delegacias especializadas serem melhor estruturadas para dar atendimento adequado às vítimas”, observa Erica Godoy.
O tema é tão relevante para a categoria que uma das principais resoluções da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, de 29 a 31 de julho, foi aprovar moção de repúdio contra qualquer forma de violência contra a mulher seja física, psicológica, sexual ou simbólica.
Em caso de dúvida sobre como buscar ajuda ou ajudar vítimas de violência doméstica, ligue 180.
Jair Rosa – 8/8/2016