São Paulo - O Congresso Nacional voltou do recesso na terça 1º e o desmonte da Previdência, previsto na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, volta a ameaçar a aposentadoria dos brasileiros e brasileiras. A medida do governo Temer foi aprovada em comissão especial e está pronta para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa e aliado de Temer, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que quer pautar a votação com rapidez.
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“Mais do que nunca é necessário que bancários e bancárias e os trabalhadores em geral pressionem os parlamentares para que votem contra esse verdadeiro desmonte da Previdência pública, que vai fazer com que os brasileiros morram sem ter o direito de se aposentar”, diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
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A dirigente orienta a mandar e-mails para os deputados avisando que se votarem a favor da PEC 287, eles nunca mais serão eleitos. É fácil e rápido pela ferramenta Na pressão.
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Previdência não é deficitária – Para justificar o fim da aposentadoria pública no país, o governo Temer e seus aliados, entre eles a mídia tradicional, afirmam que a Previdência tem déficit. Economistas e especialistas em Direito Previdenciário já apontaram que as contas do governo partem de dados falsos. Até mesmo a CPI da Previdência, no Senado, aponta superávit. Após um semestre de trabalho, o presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS), concluiu que o governo forja um resultado negativo nas contas para justificar a reforma.
O senador também ressaltou que, apesar de alegar déficit bilionário, o governo não pune quem comete crimes contra a Previdência, como sonegação e apropriação indébita.
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A presidenta do Sindicato lembra que os bancos estão entre os maiores devedores do sistema previdenciário, com uma dívida que ultrapassa R$ 124 bilhões, segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda. “Enquanto quer acabar com a aposentadoria de milhões de trabalhadores, o governo Temer, através do Carf, perdoou dívida de R$ 25 bilhões do Itaú e outra do Santander, de R$ 388 milhões”, denuncia Ivone. “Não podemos deixar que eles acabem com nossa aposentadoria. Temos de nos mobilizar e pressionar”, reforça.
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