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Empregadores devem R$ 32 bilhões de FGTS para trabalhadores

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Segundo levantamento do portal G1, baseado em números da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), trabalhadores afetados por 225 mil empregadores chegam a 8 milhões
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Imagem: Freepik

Cerca de 225 mil empregadores devem o equivalente a R$ 32 bilhões em Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a 8 milhões de trabalhadores. É o que diz levantamento do portal de notícias G1, baseado em números da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), cuja lista de devedores pode ser acessada neste link.

> Conheça as surpresas por trás do saque do FGTS

Segundo o levantamento do G1, as 20 empresas com as dívidas mais altas somam cerca de 7% do valor total atrasado que é devido ao FGTS, com R$ 2,302 bilhões. A maior parte delas está falida ou em recuperação judicial, como Varig, Vasp, Busscar Ônibus, Sociedade Universitária Gama Filho e Laginha Agroindustrial.

Todavia, há outras empresas na lista, como Associação Sociedade Brasileira de Instrução, Correios, Eletropaulo e Teka Tecelagem Kuehnrich, que devem mais de R$ 86 milhões.

Os 20 maiores devedores são os seguintes:

Sobre o FGTS

O FGTS é um fundo instituído com a finalidade de proporcionar alguma proteção ao trabalhador demitido sem justa causa. Criado em 1966 para substituir a estabilidade que gozavam os empregados com mais de 10 anos na mesma empresa, o fundo é constituído por meio do depósitos mensais do empregador, que correspondem a 8% sobre o salário do trabalhador.

Além disso, o FGTS é um dos maiores fundos de investimento em políticas públicas do mundo, que favorece justamente a população de mais baixa renda, com a destinação de recursos vultosos para habitação, infraestrutura, saneamento e mobilidade.

Saques liberados pelo governo

O Governo Bolsonaro autorizou saques do FGTS pelo trabalhador. A medida, supostamente para aquecer a economia, é criticada por especialistas. Para eles, além de não atingir os resultados esperados, a medida pode deixar o trabalhador desassistido em caso de desemprego e ainda reduz os recursos do FGTS, que poderiam ser investidos em saneamento e habitação, áreas de interesse social. Veja entrevista com Clemente Ganz Lucio, diretor técnico do Dieese.   

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