Agência do Itaú é assaltada na zona Norte de São Paulo, e Sindicato cobra abertura da CAT

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Bandidos armados assaltaram uma agência do Itaú localizada no bairro Parque Novo Mundo, na zona Norte de São Paulo, na manhã da quarta-feira 10. Os criminosos renderam os funcionários antes da abertura para o público, e os obrigaram a efetuar transferências bancárias para diversas contas em dois terminais da agência.

Uma das funcionárias abordadas pelos assaltantes ficou sob constante ameaça de sequestro e violências caso não colaborasse.

Todos os funcionários que chegaram para trabalhar também foram mantidos como reféns pelos bandidos, inclusive clientes da agência.

Além de conseguirem os valores por meio de uma série de transações, os criminosos roubaram a arma do vigilante e outras duas que estavam armazenadas em um cofre.

Dirigentes sindicais visitaram a agência após a ação e constataram que o local estava fechado.

Sindicato cobra abertura da CAT

O Sindicato entrou em contato com o RH do Itaú para exigir a abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e apoio psicológico, através do Fique OK, para todos os trabalhadores que foram vítimas da ação criminosa.

A CAT é emitida para reconhecer um acidente de trabalho, de trajeto ou uma doença ocupacional. O documento é importante pois registra a doença adquirida durante o trabalho na empresa – como transtornos de ordens psicológicas causadas por um trauma decorrente de uma ação violenta, como um assalto.

Além disso, a CAT auxilia na perícia do INSS para o reconhecimento do benefício como acidente de trabalho (Espécie 91), o que vai garantir a estabilidade de 12 meses para o trabalhador, recolhimento das contribuições previdenciárias e do FGTS.

Fenaban mostra descaso com proteção de bancários e clientes

Vale ressaltar que, em mesa sobre segurança bancária, no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2022, a Fenaban (federação dos bancos) mostrou descaso com a proteção de bancários e clientes e sugeriu a retirada das portas giratórias e a diminuição do número de vigilantes. Também propôs que as agências de negócios não tenham nenhum vigilante, mesmo as que contam com caixas eletrônicos.

“Não podemos abrir mão da segurança bancária para que situações como essa não voltem a acontecer, deixando vulneráveis funcionários e clientes”, afirma Sérgio Francisco, dirigente sindical e bancário do Itaú.

“Estamos acompanhando todo processo de atendimento psicológico bem como a abertura da CAT para todos os funcionários da agência. Orientamos que os trabalhadores procurem o Sindicato para assessoria”, acrescenta o dirigente.