
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) e a comissão dos aposentados do Itaú/Unibanco reuniram-se com o Procon de São Paulo na tarde desta quarta-feira 16 para tratar da denúncia sobre o plano de saúde dos aposentados do banco.
A iniciativa do deputado estadual soma-se à mobilização permanente dos aposentados, junto ao Sindicato, para sensibilizar o banco sobre a questão (leia mais abaixo).
Para dar andamento ao processo junto ao Procon, os representantes dos aposentados apresentaram oficialmente o caso e os impactos gerados pelas mudanças no plano. Representaram o órgão de defesa do consumidor Carina Minc (Assessora-Chefe e Diretora Executiva), Álvaro B. Camilo (Diretor de Atendimento) e Luiz Orsati Filho (Diretor Executivo).
O Itaú se escora na legislação vigente sobre planos se de saúde para seguir se recusando a garantir o convênio aos aposentados nos mesmos moldes de quando estavam na ativa. Mas a reforma trabalhista de 2017 determinou que a negociação coletiva vale mais do que a lei em questões relacionadas ao trabalho.
“Por isso seguiremos lutando para que o banco aceite negociar. Os lucros bilionários apresentados ano após ano comprovam que o Itaú tem condições de garantir o direito à saúde a quem tanto se dedicou para a construção dos resultados bilionários da instituição financeira”, afirma Sérgio Francisco, diretor do Sindicato e bancário do Itaú.
“Essa é uma luta por respeito, dignidade e acesso à saúde para quem dedicou a vida inteira ao trabalho no banco e agora enfrenta incertezas e exclusão. Nosso mandato segue ao lado dos aposentados, cobrando providências e acompanhando os desdobramentos junto ao Procon. Direito à saúde é inegociável!”, publicou na sua conta no Instagram Luiz Claudio.

Entenda
Com a extinção do período de manutenção da contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados passaram a enfrentar grandes dificuldades financeiras devido à migração obrigatória do plano familiar para um individual, sem qualquer subsídio da instituição.
O valor do plano individual chega a R$ 1.929 por pessoa, podendo chegar a um custo de quase R$ 4 mil para um casal. Esse impacto financeiro tem sido insustentável para muitos aposentados, levando a uma mobilização crescente para pressionar o banco por soluções mais justas.
Desde outubro, o assunto está sendo discutido em um processo mediado pelo MPT. No dia 3 de dezembro, foi realizada uma negociação com aposentados, representantes dos trabalhadores, do MPT e do Itaú. Mas até o momento não houve avanço significativo.
Diante da falta de solução, o Sindicato, ao lado dos aposentados, tem realizado uma série de protestos, além de audiências públicas nas assembleias legislativas de São Paulo e do Rio de Janeiro.
