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Internacional

Mulheres se levantam por direitos na 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union

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Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato, fala durante o primeiro dia da Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union

Teve início nesta sexta-feira, 25 de agosto, na Philadelphia, Estados Unidos, a 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union, sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, ao qual o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região é afiliado.

A 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union, que reúne mulheres líderes sindicais de todas as regiões do planeta, antecede o 6º Congresso da UNI Global Union, que ocorre entre os dias 27 e 30 de agosto; também na Philadelphia.

Sob o lema Women Rising Together (Mulheres se Levantando Juntas), as participantes da 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union estão reunidas até o dia 26 de agosto, último dia do evento, para estabelecer as prioridades para os próximos quatro anos, eleger uma nova presidenta mundial da Mulher da UNI Global Union, e escutar, aprender e liderar a luta em defesa das mulheres em todo o mundo.

"Como uma líder mulher, conheço em primeira mão o poder que surge quando as mulheres se unem. As nossas vozes e ações coletivas têm o potencial de transformar o mundo, e estou entusiasmada por me juntar às mulheres sindicalistas de todo o mundo, na Philadelphia", diz a atual presidenta da UNI Mulheres, Patricia Nyman.

Neste primeiro dia da 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union, foi realizada a votação do regimento interno; eleições dos Comitês de Credenciamento e Comitê de Resoluções, ambos com membros de todas as regiões; a discussão sobre as resoluções adotadas no 5° Congresso, de 2018; a apresentação dos temas para discussão pelas delegadas, que definirão prioridades estratégicas para o próximo período para a construção de um mundo com trabalho decente e livre da violência e do assédio.

Todas as intervenções deste primeiro dia de Conferência foram de suma importância, evidenciando a diversidade de ações em todo o mundo para problemas similares, cumprindo assim um dos principais objetivos do evento: a socialização de ideias e a internacionalização da solidariedade.

Delegação brasileira no 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union

Representatividade

Na sua intervenção no primeiro dia da 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union, a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, celebrou a estratégia 40x40 de homens e mulheres nos espaços decisórios, atividades e congressos da UNI, e o compromisso dos sindicatos afiliados em ter ao menos 40% de mulheres nas direções.

"Tenho a alegria de presidir um sindicato que possui 48% de mulheres na sua direção; que possui 10 mulheres entre 12 diretores e diretoras executivas; que nós estamos nos cargos mais importantes e temos a terceira mulher presidenta de forma consecutiva. A primeira mulher foi eleita com 87 anos do Sindicato, e eu tenho a alegria de no centenário do Sindicato estar presidindo a entidade. Isso é muito importante e tem a ver com a discussão, o plano estratégico e as políticas que nós tiramos para alcançar espaços de poder", enfatizou Neiva.

"Não é fácil chegar, não é fácil se manter, mas é a nossa luta e a nossa organização que vai nos fortalecer e convencer os companheiros homens de que onde as mulheres estão melhores políticas são feitas, melhores leis são feitas", completou.

Neiva abordou ainda a baixa representação feminina no Congresso brasileiro, com apenas 18% de mulheres. Por outro lado, a presidenta do Sindicato celebrou os avanços do Brasil para a ratificação da Convenção 190 da OIT - que reconhece que o assédio moral ou sexual no trabalho leva à violação dos direitos humanos e ameaça a igualdade de oportunidades -; e a recente aprovação da Lei 14.611, de 2023, uma iniciativa do governo Lula para assegurar igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.

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Projeto Basta!

Já a secretaria de Mulheres da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, falou sobre o projeto Basta!, iniciativa gestada no Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que oferece acolhimento e atendimento jurídico gratuito para mulheres vítimas de violência doméstica e de gênero, que por meio da Contraf-CUT se espalhou por outros 12 sindicatos da categoria bancária, alcançando todas as regiões do Brasil.

"Nos últimos tempos, nos quais não tínhamos qualquer perspectiva para ratificação da Convenção 190 da OIT, nós, bancários brasileiros, construímos o projeto Basta!, de atendimento de mulheres vítimas de violência. Como sindicato cidadão, atendemos mulheres que estão passando por situações de violência e que, infelizmente, muitas vezes não tem atendimento através dos setores públicos. Essas mulheres encontram dificuldade para obter amparo jurídico, e nós estamos fazendo todo esse atendimento através dos nossos sindicatos (…) Um projeto que já atendeu quase 400 mulheres. Destas 400 mulheres, 385 nós obtivemos uma medida de proteção. São realmente vidas que estamos salvando", relatou Fernanda Lopes.

Sábado

No sábado, 26 de agosto, a 6ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global Union segue com debates sobre os temas Saúde e Previdência; Pautas das mulheres jovens; além da eleição da nova presidenta da UNI Mulheres.

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