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Eleonora Menicucci recusa acordo com Frota

Linha fina
'Minha história jamais permitiria', afirmou a Ministra de Políticas para as Mulheres do governo Dilma. Ela está sendo processada após criticar ator por apologia ao estupro feita em um programa de televisão
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Rede Brasil Atual
8/9/2016


São Paulo – Terminou sem acordo a audiência na Justiça, realizada na terça 6, no Juizado Especial Cível, no centro de São Paulo, sobre a ação movida pelo ator Alexandre Frota contra a ex-ministra de Políticas para as Mulheres do governo Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci. Frota exige desculpas e R$ 35 mil reais de indenização por ter sido acusado de incentivo ao estupro. "Não houve acordo. A minha história jamais permitiria. Não pedi desculpas", afirmou Eleonora.

No ano passado, em programa de televisão, Alexandre Frota contou, sem demonstrar constrangimento, que teria estuprado uma mulher. A ex-ministra criticou o ator e afirmou que ele fazia apologia ao estupro.

Eleonora foi recebida por dezenas de mulheres que foram lhe prestar solidariedade e protestar contra o ator que,  na chegada ao tribunal, zombou das mulheres e da imprensa.  Elas denunciaram o machismo da sociedade brasileira e a cultura do estupro, que naturalizam a violência contra a mulher. "Estamos aqui apoiando a ex-ministra. Somos todas Eleonora", afirmou Junéia Batista, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, em entrevista ao repórter Jô Miyagui, para o Seu Jornal, da TVT.

> Vídeo: assista matéria do Seu Jornal

"Ele fez, em tom de galhofa, aquilo que, na realidade, ele faz e acredita. Quem faz determinadas brincadeiras discriminatórias, de estímulo e incentivo à violência contra a mulher, é porque é machista", frisou Liege Rocha, da União Brasileira de Mulheres.

Conhecido nos últimos anos por atuações em filmes pornográficos, o ator Alexandre Frota também causou polêmica, quando foi um dos primeiros a ser recebido em audiência, pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ainda durante a interinidade do governo Michel Temer.

A audiência definitiva sobre o caso foi marcada para o dia 11 de outubro.
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