São Paulo – Os bancários do Itaú que trabalham na WTorre da Avenida das Nações Unidas, em Pinheiros, estão sendo vítimas de assaltos nas imediações do prédio. O Sindicato entrou em contato com o banco e reivindicou que a instituição invista na integridade física dos seus funcionários, colocando seguranças particulares circulando no local, mas a resposta foi negativa.
“O relações sindicais do Itaú nos respondeu que essa é uma questão de segurança pública e não de responsabilidade do banco. Nós discordamos. Na nossa opinião, o maior banco privado do país, que teve lucro de R$ 12,345 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, pode sim investir no bem estar dos seus funcionários, que são os principais responsáveis por esse resultado”, argumenta o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú Amauri Silva.
O Itaú mencionou que disponibiliza van para levar os bancários até a estação de metrô mais próxima, que é a Pinheiros, mas o dirigente diz que isso não é suficiente e chega a ser improducente para a maioria dos funcionários. “A van demora uns 15 minutos para sair e seu percurso é longo porque, antes de chegar ao metrô, passa primeiro no estacionamento onde parte dos funcionários deixa seus carros. Assim, demora uns 30 minutos a mais do que levaria normalmente até a estação Pinheiros.
Depois de um dia inteiro de trabalho, o bancário teria de gastar mais uns 45 minutos de seu tempo para ir de van até o metrô, que a pé ele chegaria em pouco mais de 5 minutos. As pessoas têm compromissos, têm vida fora do banco, e não podem perder esse tempo”, ressalta Amauri.
Ele argumenta também que os assaltos não ocorrem apenas no final do dia, mas também pela manhã, na chegada dos bancários, e no meio do dia, quando muitos saem do prédio para almoçar nas redondezas. “O WTorre fica numa avenida de trânsito movimentado, mas o fluxo de pessoas é pequeno. Então é um local ermo. “
Amauri destaca ainda que o Itaú disponibiliza seguranças em outros centros administrativos como CA Pinheiros, CAT e Ceic.
O Sindicato continuará pressionando por uma medida concreta. “Se essa situação que põe em risco a vida dos trabalhadores continuar, vamos realizar ações sindicais no local, para denunciar à população esses desrespeito do Itaú com seus funcionários”, avisa o dirigente.