O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região paralisou, na manhã desta segunda-feira (6), uma agência de negócios do Itaú na zona norte da capital paulista. A ação foi uma resposta à ausência de segurança na unidade e à falta de funcionários, reforçando o compromisso da entidade em proteger trabalhadores e clientes.
A agência opera sem vigilante ou porteiro há semanas e conta com uma equipe reduzida: apenas quatro agentes de negócios trabalham no local, sem a supervisão de um funcionário comissionado ou a presença de um gerente-geral.
A entidade sindical havia solicitado soluções em dezembro, e, segundo os dirigentes, o banco informou que realizaria um mapeamento de risco em até uma semana. O prazo expirou sem que providências fossem tomadas.
Flagrante durante a paralisação
Durante o ato, o abastecimento do caixa eletrônico foi realizado dentro da agência, prática que contraria o artigo 6º da lei 14.967/2024. A legislação, que regula a segurança em instituições financeiras, proíbe a contagem ou preparação de numerário nos locais onde os caixas estão instalados, justamente para evitar situações de risco.
“Foi uma situação preocupante. O carro-forte chegou na agência, e os seguranças, portando armas de fogo, realizaram o abastecimento do caixa eletrônico dentro do local. Isso viola a lei federal e coloca trabalhadores e clientes em risco”, afirmou Adriana Magalhães, dirigente sindical e bancária do Itaú.
Banco responde ao protesto
Após o protesto, o Itaú designou um gerente-geral para a unidade. Essa medida foi um avanço, mas ainda insuficiente.
“Agora a agência conta com um gerente, que é responsável, entre outras coisas, por abrir e fechar a unidade. Apesar disso, continuamos aguardando a implementação de segurança no local. Caso o problema persista, realizaremos novos protestos. Trabalhadores e clientes precisam de condições adequadas para estarem na agência”, ressaltou Adriana.