O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região paralisou as atividades de uma agência de negócios do Itaú na zona norte, na última segunda-feira (6), em protesto contra a falta de segurança. A pressão rendeu resultados e uma das providências é que o Itaú destacou um GGA para abrir e fechar a agência, tarefas que antes estavam sendo executadas pelos próprios agentes de negócio, o que foge das atribuições desses trabalhadores.
“O banco nos informou que o GGA ficará responsável por abrir e fechar a unidade até a contratação de um novo gerente para a agência, e orientou os agentes a não mais fazerem essa tarefa. O Sindicato reitera que não é função de agentes de negócios portar a chave de agência, portar a chave de cofre ou se responsabilizar pela abertura ou fechamento, ainda que essa agência não receba numerário”, destacou a dirigente sindical Adriana Magalhães, bancária do Itaú.
Agente de recepção
O Itaú também respondeu positivamente a outra reivindicação do Sindicato: informou que vai contratar, até o dia 15 de janeiro, um concierge, que é um agente de recepção e suporte para a unidade.
“Essa contratação é positiva, mas esse profissional atuará como um porteiro e não como um vigilante, e o Sindicato reitera que vigilantes são fundamentais para garantir a segurança de usuários e funcionários, que muitas vezes têm de lidar com clientes agressivos e até tentativas de golpes. Por isso, vamos continuar lutando para que os bancos coloquem vigilantes nas unidades de negócio”, ressalta Adriana.
A dirigente observa ainda que a unidade em questão, que é muito frequentada por clientes idosos e recebe um fluxo grande de usuários, não deveria ter sido transformada em unidade de negócio. “O Sindicato tem uma preocupação com as agências de negócios que são definidas por uma relação comercial, e não por uma questão de segurança. Esta agência, que fica em Lauzane Paulista, deveria ter permanecido como uma agência convencional, com atendimento presencial e caixas em pleno funcionamento.”
Mais contratações para a rede Itaú
Adriana ressalta ainda que várias agências da regional norte do Itaú estão com quadro incompleto. “Houve desligamentos e não foram feitas contratações para reposição dos cargos, então os colegas estão trabalhando com alta pressão, tentando resolver problemas de clientes e sem conseguir bates as metas, o que vai complicar no Gera, que é hoje instrumento não só de remuneração mas também de avaliação que serve, inclusive, para embasar desligamentos. Vamos continuar atuando e reivindicando que o banco contrate mais, reponha os cargos vagos e, assim, melhore as condições de trabalho dos bancários.”