São Paulo – A ampliação da segurança para os bancários vítimas de extorsão mediante sequestro é uma antiga reivindicação da categoria. Este foi o centro dos debates da quarta reunião da Comissão Bipartite de Segurança Bancária (composta por representantes dos bancos e dos bancários), realizada na tarde da terça-feira 26, e terminou com uma vitória para os trabalhadores.
Será encaminhada à comissão de negociações da federação dos bancos (Fenaban) a recomendação para alterar a redação do item C da cláusula 33 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A mudança amplia para os bancários vítimas de extorsão mediante sequestro a mesma proteção garantida aos que são vítimas de sequestro consumado; terão direito de solicitar a realocação dos trabalhadores para outra agência ou posto de atendimento bancário.
“Agora, a negociação sobre a cláusula irá continuar entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban”, explica Carlos Damarindo, diretor executivo do Sindicato, que participa das reuniões da Comissão Bipartite. “É um importante avanço. Além de sofrerem tortura psicológica diante de suas famílias mantidas reféns por bandidos, muitos bancários ainda são tratados como suspeitos, passam por constrangimentos no setor de inspetoria do banco e são demitidos. Nem os trabalhadores e nem suas famílias podem ser penalizados em casos como esses”, afirma o dirigente, que é secretário de Saúde do Sindicato.
Vigilantes – Os representantes dos trabalhadores alertaram também sobre o risco da retirada do vigilante quando as agências passam por obras devido a arrombamentos em assaltos. Nesses casos, os bancários permanecem trabalhando no local, apesar de as unidades estarem funcionando sem numerário, e sofrem pressão da população que está descontente com a falta de atendimento completo no local.
Os representantes dos bancos ficaram de levar a reivindicação da manutenção dos vigilantes à Comissão de Segurança da Fenaban.
A próxima reunião da Comissão Bipartite de Segurança Bancária está marcada para 13 de novembro.