São Paulo – Após intervenção do Sindicato, uma funcionária do Banco Pan, que havia sido demitida durante tratamento contra o câncer, foi reintegrada. Com isso, ela poderá continuar com a terapia fornecida pelo plano de saúde da empresa.
A bancária trabalhava há um ano e oito meses no Pan. No fim do ano passado, foi diagnosticada com a doença e foi demitida no dia 8 de agosto, 16 dias depois de começar o tratamento com radioterapia. A supervisora e a coordenadora da trabalhadora – as únicas que sabiam da doença – haviam sido demitidas pouco antes.
Na homologação, ela recebeu orientações do Sindicato, que entrou em contato com o banco e intermediou sua reintegração. “É uma sensação maravilhosa eles me recolocarem no mercado, dada a atual crise. Achei muito bacana”, comemora a bancária.
“Outros bancos deveriam se espelhar na postura do Banco Pan, já que infelizmente é muito comum na categoria bancária o desligamento durante tratamento de alguma doença. E a recontratação da bancária permite a continuação da terapia, que é era nosso principal foco”, diz a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro.
Neiva ressalta a importância da homologação da demissão ser feita dentro do Sindicato. “Dessa forma podemos fiscalizar se todos os direitos dos trabalhadores estão sendo respeitados.”
Entretanto, a reforma trabalhista sancionada em agosto por Michel Temer acabou com essa obrigatoriedade. A nova legislação entrará em vigor em 11 de novembro. “Diante desse grande retrocesso, lutaremos para manter na convenção coletiva de trabalho esse e outros direitos, conforme está descrito no termo de compromisso entregue a Fenaban”, afirma Neiva.
Leia mais:
> Bancários entregam pauta por empregos e direitos
> Temer sacramenta morte dos direitos trabalhistas
> Reforma aumentará desemprego e beneficia patrão
> Reforma trabalhista escraviza e empobrece os trabalhadores