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Chapéu
Cor da pele

Para especialistas, judiciário reflete e mantém perpetuação do racismo

Linha fina
Discriminação racial foi tema de painel durante 24º Seminário Internacional de Ciências Criminais realizado pelo IBCCrim
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Foto: Reprodução/CUT

Para juristas, o sistema de justiça brasileiro é racista e toma muitas das suas decisões em função da cor da pele. Isso explica, segundo eles, a população negra corresponder a 64% dos encarcerados e representar apenas 15,6% dos magistrados, de acordo com dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) e do Censo do Poder Judiciário que foi apresentado durante o 24º Seminário Internacional de Ciências Criminais, em São Paulo.

A reportagem é da Rede Brasil Atual e foi replicada pelo Portal CUT.

"Só pode existir racismo se houver um sistema de justiça que seja conivente com areprodução de suas condições. Onde tem um Estado, juristas, promotores e advogados são todos compromissados com a manutenção do sistema e não necessariamente com o afastamento das desigualdades", explica o presidente do Instituto Luiz Gama (ILG), Silvio Luiz de Almeida.

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A discriminação racial tem papel influente no processo de "naturalização das desigualdades", o que, para a supervisora do Núcleo de Educação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Amarílis Regina Costa, torna a discussão central para o combate ao preconceitro.

"Debater o papel do Judiciário dentro da permanência e da propagação dessa ideologia é algo urgente, central. E a única forma de nós buscarmos a equidade, a isonomia e uma sociedade que caminha para apontamentos mais justos", defende a supervisora.

Assista à íntegra da reportagem

 

 

 

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