Os trabalhadores já estão sofrendo na pele os resultados desastrosos da reforma trabalhista, que está substituindo vagas formais por contratos precários, e da terceirização irrestrita, que permite às empresas substituírem seus empregados diretos por terceirizados até nas suas atividades essenciais. Outras ameaças, como a reforma da Previdência, que pode tornar a aposentadoria um sonho impossível, continuam engatilhadas. Reverter os retrocessos dos últimos dois anos de golpe e impedir novos desastres depende do resultado das urnas no dia 7 de outubro.
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“Nos últimos dois anos vimos aumentar o desemprego e a desigualdade social, resistimos à tentativa de desmonte da Caixa e do BB e de entrega do patrimônio nacional, vimos a redução de recursos para áreas essenciais como educação e saúde, diminuição do crédito imobiliário e de projetos sociais importantes para a juventude como o Prouni. Todas as medidas do governo ilegítimo de Temer só foram possíveis porque contaram com o apoio da maioria do Congresso Nacional. Por isso, agora que estamos às vésperas de mais uma eleição, é fundamental que bancárias e bancários procurem se informar melhor sobre os candidatos e os partidos aos quais pertencem. Para que não elejam quem votou contra nossos direitos”, alerta a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
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Ivone lembra que na Campanha Nacional deste ano, os bancários tiveram importantes vitórias contra a reforma trabalhista, mantendo todas as cláusulas da CCT por dois anos. “Somos uma categoria com forte capacidade de mobilização, mas não podemos deixar que um Congresso Nacional, formado predominantemente por grandes empresários e latifundiários, acabe com nossos direitos. Após uma campanha vitoriosa, o próximo passo deve ser eleger candidatos comprometidos com a revogação das medidas nefastas de Temer e com a pauta dos trabalhadores.”
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A dirigente lembra que, em 2014, foi eleito um dos legislativos mais conservadores desde a ditadura militar, e que sua composição não representa a sociedade brasileira: quase metade dos deputados da Câmara tem patrimônio superior a R$ 1 milhão, enquanto que 60% (Pnad) dos trabalhadores brasileiros têm renda de até dois salários mínimos.
“A maioria do Congresso hoje é formada por homens brancos e ricos. Temos de eleger candidatos que nos representem, que defendam medidas para gerar empregos dignos e para aumentar a renda dos trabalhadores, que defendam os bancos públicos e o nosso patrimônio, que defendam a democracia e o respeito às mulheres e à diversidade de raça ou orientação sexual. E isso depende do nosso voto”, reforça a dirigente.