No dia 21 de agosto, o governo federal anunciou a intenção de vender 17 estatais, entre elas Eletrobras e Correios, e ainda R$ 20,8 milhões em ações do Banco do Brasil. Além da privatização do patrimônio nacional, a população brasileira assiste seu maior bioma, a Amazônia, ser consumido em mais de 30 mil focos de incêndio. É nesse contexto, de ataque às riquezas do país, que as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o movimento sindical e movimentos sociais, lideranças e parlamentares realizam, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira 4, ato e seminário “O Brasil é nosso!” Na ocasião também será lançada a Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional.
O momento, alerta a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, deve ser de intensa mobilização em defesa das demais empresas públicas e da soberania nacional. “Um país sem bancos públicos, sem ciência e tecnologia, sem educação pública de qualidade, sem suas reservas minerais e naturais é um país sem empregos, sem renda, sem soberania e sem futuro. Por isso, nós do Sindicato estaremos em Brasília, participando dessa grande mobilização”, ressalta.
A dirigente destaca a importância da Caixa e do BB para o desenvolvimento do país. “A Caixa é fundamental na implementação de políticas públicas para a população, como o Minha Casa Minha Vida; já o Banco do Brasil, junto com o Banco do Nordeste, é responsável por 70% do financiamento, com juros mais baixos, para a agricultura familiar, de onde vem 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Além disso, são os bancos públicos que estão presentes em municípios distantes, onde os privados não têm nenhuma intenção de atuar. Por isso defender sua manutenção e seu papel social é uma bandeira de luta primordial do Sindicato”, diz Ivone.
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A programação em Brasília (no Auditório Nereu Ramos, da Câmara) inicia às 9h, com ato político e lançamento da Frente; prossegue à tarde com debates sobre privatizações, bancos públicos e Previdência; sobre temas ambientais como Amazônia, biodiversidade, mineração e água; e sobre ciência, tecnologia e educação. Finaliza, às 19h, com a discussão de propostas de mobilização e encaminhamentos.